terça-feira, 3 de março de 2009

O Dilema, A Proposta


Alguns meses (2) atrás, me fizeram mais uma proposta infame de casamento - Cá entre nós, na altura do campeonato, me soa como mais uma grande roubada. Mas, como eu estava com o coração livre (apesar de estar cansado e fechado para balança) e descompromissado, não me custava nada avaliá-la. Por algum tempo, esse dilema vem me acompanhando, como também, essa proposta vem ecoando e remoendo os meu pensamentos.

- "A pergunta da vez seria: "Será que eu aceito tal proposta ou não?!!!"


Desde que a recebi, aparentemente, muito tentadora e meio efetiva, pois resolveria parte dos meus problemas de ordem prática e financeira. Porém, todavia, contudo, tal proposta só teria sentido se eu estivesse apaixonado para recebê-la. Mas, não é bem assim. Para respondê-la com certeza e sem probabilidades de arrependimento, era necessário refletir a cerca disso.

- "Como não estou apaixonado e não me sinto impolgado para aceitá-la da forma justa como eu deveria, completamente por inteiro, a minha tendência sempre foi recusá-la. Pensei, pensei, pensei,... , e, quanto mais eu pensava, mais ficava claro para mim os porquês de não aceitá-la. Como vou iniciar uma a vida a dois sequer eu me sinto inspirado a isso?!!! Eu me conheço, se até agora a fogueira do desejo não foi acesa, não será depois de estar morando junto que ela acenderia."


Negá-la tem muito mais a ver com tudo o que eu não estou disposto a aceitar: abrir mão da minha liberdade, dar satisfações, ter que me submeter a vontade e os direitos alheios em prol de casa, comida e roupa lavada. E o amor?!!! Aonde está o combustível e o grande porquê disso tudo?!!! Não poderia tomar uma decisão desse calibre, que não envolve apenas a minha vida, para retornar a São Paulo. Não seria uma escolha baseada na sensatez e nem do que fato seria melhor para mim, contrariaria a busca de mim mesmo.

E, conversando com a minha psicoterapeuta, a minha decisão (aquela que eu já havia tomado e só faltava um respaldo concreto) ficou mais clara e norteou o que precisa ser feito: Não voltar para São Paulo por motivos que estivessem alheio ao meu crescimento, as minhas verdades e desejos.

- "Se eu tiver de voltar para lá que seja por minha causa e demais ninguém!!!"


Concordo, colega!!! Tudo tem o seu preço. Mas, será que eu estou disposto a pagar esse preço?!!! Com certeza, não. Jamais iria abrir mão da minha liberdade, da minha autonomia e do meu direito de ir e vir, para aceitar essa proposta e, principalmente, ser obrigado a corresponder os sentimentos e as expectativas de outrem, onde eu já sei muito bem que eu não serei capaz de cumprí-las a altura.

- "Eu não estou capacitado para tomar essa responsabilidade para mim."


Enfim, o que era um dilema, deixou de sê-lo. O que eu achava que preciso ser feito, vai ser feito: Proposta recusada, não por interferência ou influência de ninguém, mas, porque é o mais coerente a ser feito.


*Dan respira fundo e solta o ar mais aliviado... fuuuuuuu...*



"O amor maduro diz: Preciso de ti, porque te amo.
O amor imaturo diz: Amo-te porque preciso de ti."
(Autor Desconhecido)

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"As lágrimas não reparam os erros!!!"

The Verve - Bitter Sweet Symphony (with lyrics)

♫ Pitty - Na sua estante

"Eu não ficaria bem na sua estante..."