A melhor forma de você se desvencilhar de uma situação é sendo sincero e não se comprometendo. Mas, quando a sinceridade não se faz presente e o "não se comprometer" é dado em função do outro, isso pode soar como omissão. Não faz muito o meu estilo ser omisso, mas, naquele caso do dilema - dar uma resposta concreta, a uma situação que merecia, no mínimo, uma reflexão; a resposta negativa, sempre foi algo que era muito claro para mim e que faria todo o sentindo (e como faz).
- "Eu adoro conforto, vida boa, mas, eu não iria abrir mão da minha liberdade e autonomia e nem venderia a minha alma ao diabo para me aventurar irresponsavelmente numa relação que eu sei (muito bem) que não me representa. Ainda mais havendo a ausência de ingredientes fundamentais para qualquer impulso ou arroubo passional - química, paixão e tesão."
Mediante ao convite de casamento e a proposta de morar junto, fui claro no que estava disposto e também o que eu não estava, deixando a decisão por conta da outra parte, apelando para o bom senso, já que eu não queria sair como vilão da história. Mas, como Deus é pai e não é padrasto, tocou o coração e a mente da letrinha "D", aparentemente, tudo levando a crer que deu para trás em seus propósitos.
- "Você achou ruim?!!! Nem eu!!! Particularmente, eu achei "ótemo"!!! Não havia a menor hipótese eu me apaixonar por uma persona pouco cativante, ausente e sem sexy appeal algum. Eu sou o tipo de homem que para me apaixonar eu preciso de arrebatamento, uma presença que me vire do avesso, abale todas as minhas estruturas e me faça ir além. Esse não era o caso."
Aparentemente, eu fui omisso, pode ser. Mas, lhe garanto, que eu fui muito mais cobra, já que eu deixei a responsabilidade nas mãos alheias para que eu não precisasse me comprometer. Mais, muito mais do que isso, dei a opção de escolha a quem me propôs algo emocionalmente impraticável.
- "Não combina comigo me forçar a fazer coisas que eu não concordo, comungo e acredite, pelo simples fato de que, não ia me forçar a pressão e a obrigação de uma convivência por conveniência, como também, jamais iria me violentar indo para cama com quem eu não tenho desejo. Aceitar tal proposta seria um grande equívoco."
Como diria a minha terapeuta, tudo na vida tem o seu preço e eu não estava a fim de pagar. Pensei na proposta, eu confesso, muito mais para perceber se existia alguma possibilidade de aceitá-la, mesmo sabendo o tempo todo que não iria rolar.
Existem momentos em que a própria situação se resolve por si só, igual a esse caso, que dei a resolução do dilema para quem havia me posto nela, nada do que mais justo. Eu não me prontifiquei mais sobre o assunto, como também, não há o mesmo da outra parte, então estamos conversados e o assunto definitivamente encerrado.
- "The End, all right, baby?!!!"
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