Como eu mencionei no post anterior, eu fui muito mimado e paparico na infância pela minha família, sobretudo pela minha mãe e as minhas duas irmãs mais velhas, intensificando ainda mais na minha adolescência. Não posso reclamar da família que eu tenho e nem da educação que eu tive, mas, para eu conquistar o meu espaço dentro de casa e deixar o Dan que sou hoje brotar, eu tive que romper com essa estufa afetiva que tanto me sufocava. Rebelar-me foi o caminho que eu encontrei para dizer: "Eu existo e tenho o direito de fazer e seguir as minhas próprias escolhas".
- "Mesmo entre conflitos, assim eu fiz. E não me arrependo. Consegui a minha liberdade, literalmente no grito!!!" rs...
Algo precisa estar muito claro: Receber amor, carinho, atenção e proteção em demasia, envolta de grandes exageros, estraga, sufoca!!! Isso é uma afronta a nossa individualidade, capacidade e inteligência. E por me sentir sempre numa situação de constante pressão, literalmente numa panela de pressão: muito acarinhado, bajulado, vigiado, exigido, envolto de mimos, grudes e nhem nhem nhens - não apenas na área familiar, mas também nas minhas amizades e namoros; eu criei uma espécie de claustrofobia por mimos e grudes.
- "Eu odeio gente mimada, grudenta e asfixiante ao meu redor, se for do tipo "cliclete" pior ainda, como também, carente demais, querendo me mimar, me bajular, me agradar constantemente, a toda hora e a todo custo, passando a mão na minha cabeça, perdendo a noção de bom senso, de peso e medida. Enfim, isso me sufoca, gerando repulsa, raiva e nojo."
De certa forma, apesar de gostar de atenção e carinho como qualquer um de nós, quem não gosta, né?!!!, mas, se eu for tratado com um certo exagero, eu retribuo naturalmente com indiferença, descaso e malcriação. Me dá um desapego e uma ojeriza na hora. Talvez, por isso, com o passar do tempo, em algumas situações, eu fui ficando mais seco nos meus relaciomamentos : "Não tolerando muito nhem nhem nhem, não gostar muito de falar ao telefone várias vezes ao dia e nem todo dia, só para falar bobagens, simplesmente, porque não há o que ser dito, muita melosidade no trato, muito agarramento, essas coisinhas que sempre em excesso enjoa".
Além de mimos e grudes, uma coisa que me sufoca e eu não tolero de espécie alguma é ter que dar satisfação da minha vida. Eu não dou e nem barganho. Quem quiser pode achar ruim ou se rasgar em bandas, mas, eu não sou o tipo de pessoa que pede autorização, apenas comunico e faço. Ser besta e dependente pra que?!!! Só para depois levar o pé na bunda e renuncair as coisas que eu gosto?!!! Muito obrigado, DISPENSO!!! Eu não deixo de fazer o que eu gosto e o que eu quero por ninguém, algo que aprendi na vida e preservo a todo custo - respeitar a minha individualidade.
O espaço e a individualidade dos outros devem ser respeitados e preservados e certos excessos são invasivos. Já é complicado eu compartilhar a minha intimidade assim de graça, com qualquer pessoa (claro que através do blog é diferente, eu só compartilho o que pode e é interessante ser revelado).
- "Invasores, oportunistas, insignificantes e medíocres não tem acesso ao mundo caótico e complexo de Dan, justamente, porque a minha complexidade é alcançável pela inteligência destes." (Me acho, não, EU POSSO!!!) rs...
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