quarta-feira, 11 de março de 2009

Cenas grostescas, eu não protagonizo!!!


Apesar de qualquer ar de reprovação, é fato: "Cada um dá aquilo que tem a oferecer". Nada mais, nada menos, do que a lei clássica da oferta e da procura. Se existem pessoas que protagonizam cenas grotescas é porque há aqueles que queiram participar e "consumir", seja pagando ou apenas admirando.

- "Em situações pagas, comercializar o próprio corpo é uma decisão pessoal e intransferível de cada um e quem faz que arque com as conseqüências dos seus atos, já os que pagam, simplesmente, eu acho final de carreira, considerando que hoje você faz sexo a hora que quer com quem e quantos quiser sem grandes ultrajes e dificuldades. Seja vendendo ou comprando, eu não tenho nada com isso, só não me inclua nesse escambo e comércio sexual."


Agora, eu me pergunto como existem pessoas que admiram esse tipo de condutam e ainda se sentem tentadas a participar dessa orgia organizada, organizada, porque a cultura do "pego e não me apego" e do "teste da amizade" (investir no seu amigo para ver se ele cede as suas investidas) cresce a cada dia. Como diria a minha saudosa e salve salve Filozinha: "Só se cria e prospera hoje em dia, o que não presta. É o fins dos tempos". Ela sim, estava coberta de razão.

- "Se todo mundo tem a sua parte voyeur e gosta de dar uma espiadinha, ainda tem cenas que me chocam profundamente, pois, sempre me faz refletir como as pessoas não percebem a degradação que estão reproduzindo, muitas vezes, sem se dar conta e somente em prol do prazer fácil e fulgaz. E a subjetividade de estar com o outro?!!! E as boas sensações que sentimos quando estamos bem acompanhados, não apenas realizando, mas dividindo situações?!!!"


Não tem jeito, meu romântismo e a minha ingenuidade gritam diante de tanta banalização, de tanta vulgaridade, de tanta degradação. Não posso negar que eu já tive as minhas passagens do "sexo pelo sexo", simplesmente para expurgar as energias e o tesão contido e para atender as minhas necessidades sexuais e instintivas mais urgentes. Mas, confesso, que após a gozada, surgia depois uma grande ressaca moral, indagando-me se valia a pena passar por cima de alguns princípios e algumas escolhas que eu defendo.

- "Nunca vale pagar o preço que for para você se desrespeitar. Nada melhor você dividir a intimidade do seu corpo, a morada da sua alma e essência (sem peiguismo religioso, porque eu não tenho nenhum saco e simpatia pela fala religiosa no que diz respeito ao pecado e ao sexo), com quem você confia e gosta. Se sexo por sexo tem o seu lado prazeroso, imagine o sexo por amor."


Há algumas décadas que eu deixei de acreditar em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, Príncipe Encantado, Super Hérois, então, se para alguns posso ter uma visão tacanha, tradicional e puritana, nesses aspectos tenho mesmo, porque eu me respeito profundamente e tudo o que eu não quero é me degradar nesse joguinho sórdido e mediocre.

- "Eu sou um defensor do "Amém, Desejo... Amém!!!" desde que com seriedade, responsabilidade e bom senso. Liberdade de expressão e ação é uma coisa, mas, libertinagem é demais para a minha cabeça e eu não consigo compactuar."


Claro que cada um tem o direito de fazer o que quiser e, muitas vezes, faz sem sentir remorsos. Mas, só não me peçam para comprar esse ideal e esse tipo de postura, porque não rola e eu tenho muito caráter e personalidade para dizer ou, se preciso for, gritar um sonoro "NÃOOOOO"!!!

Cada um oferece o que tem, mas, eu não sou o tipo de cara que me contento com pouco e, muito menos, com o que há de sórdido e bizarro. Fico só, mas, não pago o alto preço da degradação. Como podemos respeitar ou levar alguém a sério, se ele(a) mesmo(a) que não se valoriza?!!!

- "Cenas grotescas, eu não protagonizo!!!"

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