terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sessão XXIII: Situação Constrangedora



Hoje, na terapia, nós discutimos a situação constrangedora do sábado que me gerou uma grande sensação de desconforto, por me ver numa situação completamente impessoal, onde eu estava ali, perdido em mim mesmo, até sem chão, por estar vivendo uma cena que eu tenho pavor (assim, como o diabo joge da cruz, eu evito situações dessa natureza - banal, meramente sexual). De certa forma, eu me senti violentado, por protagonizar uma cena que eu acabei cedendo - já que era para abraçar, literalmente o capeta, eu abracei.

Segundo a minha terapeuta, a violência foi ter cedido a pressão do momento e ter deixado ser desafiado, quando simplesmente eu poderia ter dito NÃO, simples assim. Mas, não era tão fácil assim, a minha porção macho estava sendo posto à prova, além do que, eu não tolero ser desafiado. Mas, se por um lado, eu fui um objeto sexual, do outro lado, "F" também foi, considerando que desde aquela forçação de barra, eu havia me desencatado ali mesmo - o conceito pessoal (persona), o encanto do encontro e o que poderia ter sido foram quebrados ali: o cristal havia sido quebrado.

O que me desestimulou completamente foi constatar na prática que o discurso usado por "F" não passou de uma mera faixada frágil, que desmoronou ali mesmo, na minha frente, aos olhos vistos. A sua máscara estava ali, mais do que trincada, esfacelada. Também segundo a minha terapeuta, a minha máscara havia caído - não a máscara da falsidade, mas a máscara da ilusão: o resultado do meu equívoco, já que eu havia feita uma leitura de realidade errada. Nesse aspecto, concordo com ela, me equivoquei, mas, o que me deixa tranquilo é saber que qualquer outra pessoa também poderia cair nessa esparrela.

No mais, o fato de ter cedido a provacação, ao desafio, simplesmente acabou me nivelando por baixo, pois de certa forma, eu estava traindo a mim mesmo, o que eu queria para mim: a possibilidade de uma relação bacana; mas, desfeita logo no primeiro momento, quando a cada segundo, eu ia descobrindo uma pessoa hipócrita, fresca, impessoal e grosseira. - tudo o que eu não tolero em alguém. De fato, foi o erro!!! Erro pelo qual, não voltará a ser repetido, pelo menos com essa letrinha que realmente como diria um amigo meu: "É um lixo!!!" Concordo com ele, em número, gênero e grau.

Se no decorrer da situação eu já sabia que não haveria um desfecho, mesmo lhe respondendo que foi bom (apenas como cavalheiro para não postergar uma situação lamentável, trash mesmo), depois de descobrir através de 2 amigos de quem se tratava, ai mesmo ficava bem evidente que não passaria daquilo mesmo. Até mesmo porquê, eu gosto muitíssimo de mim e me respeito o suficiente para não ser mais 1 naquela cama e, muito menos, ser tratado como um objeto sexual - esse jogo sórdido não me representa e eu rechaço isso veementemente.

- "Eu heim, Deus é mais!!!"


Quando o inferno acabou, foi pior do que o "armageddon", tudo o que eu queria era que o dia amanhecesse o mais rápido, para eu sair dali o mais rápido o possível como eu fiz - me recompuz e despensei até a carona, porque eu não estava me sentindo bem ali.

Enfim, com um grande ponto final enterrando o assunto, a fila anda e a catraca é seletiva.

Um comentário:

Leka disse...

Quem gosta de ser provocado ainda mais dessa maneira???

Mas, pense sempre, pelo lado BOM da situação!!!
Na hora, a gente não consegue raciocionar, mas depois a gente cai em si e conseguimos colocar os pensamentos e emoções em ordem!!!

Pense que valeu a experiência no sentido de conhecer o tipo de pessoa que ela é, e não cair mais em uma armadilha como essa!!!

E como vc disse, ponto final!!! Simples assim....rs


"As lágrimas não reparam os erros!!!"

The Verve - Bitter Sweet Symphony (with lyrics)

♫ Pitty - Na sua estante

"Eu não ficaria bem na sua estante..."