O que me difere em relação aos demais?!!!

Uma complexa pergunta, não achas?!!! O fato de ser único, sem matriz genética, já seria algo pontual para me diferenciar, não pelo fato da ausência da minha matriz (Que Deus os tenham, amém!!!), mas a certeza de que eu, Dan, sou único - o reflexo das minhas próprias experiências de vida, entre erros e acertos, certezas e incertezas, aprendizagens e não-aprendizagens, saídas e sem saídas, enfim, todo o conteúdo acumulado nestes 31 anos; e das marcas invisíveis, porém sensíveis, que compõem a minha alma e a minha essência subjetiva. Toda essa fonte de vida, expressada em experiências, é a impressão digital de cada um de nós, aquilo que justifica as diversas formas de sermos, seja do que jeito for.

Embora eu compartilhe de idéias e comportamentos coletivos, pois, é impossível não reproduzir algumas condutas, porque nós somos indivíduos essencialmente sociáveis, uns mais, outros menos, mas, sociáveis, talvez o que me difira dos demais seja a forma que eu compreenda e processe essas informações para mim, vindouras do meu olhar, da minha percepção de analisá-las e das minhas experimentações. Mesmo alguns concordâncias sejam afins, contrastando em divergências, a forma como eu as insiro no meu dia-a-dia, na minha forma de pensar, agir e sentir são muito particulares.

Será que a diferença está nos meus sonhos e metas?!!! De repente pode ser, mas quais são os meus sonhos?!!! E as minhas metas?!!! Talvez, elas sejam iguais as tantas outras que têm por aí, só mudando a intensidade que elas podem representar para mim ou para o outro ou as estratégias que eu as utilizarei para transformá-las em realidade sejam diferenciadas. Cada um faz da sua forma, a sua maneira, muito embora, possam ser detectadas como semelhantes. Mas, só quem pode fazer por mim mesmo, sou eu.

Então, seria o meu gênio forte, meu ar atrevido e a minhas explosões de sinceridade?!!! Pode ser, se forem utilizadas para não fazer de mim mais 1 na multidão. Ou que sejam dispostas para tentar otimizar a difícil missão de conciliar o discurso com a prática, mas... EMBORA EU DEFENDA COM UNHAS E DENTES O USO DO BOM SENSO, EU NÃO ME PROPONHO A SER CERTINHO (tudo o que é "inho", me irrita profundamente) OU UM EXEMPLO DE CONDUTA A SER SEGUIDO, EU NEM TENHO GABARITO PARA ISSO. SOMENTE O QUE ME MOTIVA É SER VERDADEIRO COM A MINHA CONSCIÊNCIA E OS PRINCÍPIOS QUE EU DEFENDO, CERTOS OU ERRADOS SÃO MEUS.

E as minhas contradições?!!! É a minha dualidade. É a minha batalha interna que me dar corpo e forma, cheiro e cor, alegrias e dores, estímulos e desestímulos, compreensões e incompreensões. Talvez, se eu não travasse uma luta íntima e interna entre a minha consciência e os meus desejos eu não me sentiria vivo, mesmo que eu me perca dentro de mim, algumas vezes ou todas as vezes, mas, existe o minuto a ser encontrado e, quando encontrado, ele faz toda a diferença, mesmo que segundos após caia no esquecimento - a minha memória está uma merda, literalmente no pé.

Isso me difere dos demais?!!! Talvez não. Talvez o que me difira dos demais mesmo é a própria diferença de ser o que se é, nos igualando ou nos diferenciando pelo simples fato de sermos diferentes uns dos outros e em algum ponto de interseção nos encontremos num mesmo eixo. Eu sou eu, você é você, talvez essa individualidade nos difira e aproxime em um dado momento.