Os sentimentos são como castelos de cartas. Assim como o primeiro é facilmente magoável, o segundo pode desmoronar por questão de segundos, ambos sem grandes resistências, sobretudo quando cada um está sendo construído inicialmente. Preste atenção nisso, okay?!!!
Como comentei com um amigo ontem, a vida e as pessoas descortinaram dos meus olhos a realidade muito cedo, por isso, em assuntos referentes ao coração, em momentos contundentes, eu me comporte de maneira até fria, com picos de objetividade e praticidade, porém, isso não quer dizer que eu esteja imune ao sofrimento. Muito pelo contrário, também sofro, mas, a maneira que eu me posiciono diante dele é diferenciado: "Trato-o como opção!!!"
- "Não é do meu estilo e nem do meu feitio olhar os problemas sob a lente de aumento, até porque, se você olhar para o lado, sempre tem alguém com um problema bem pior do que o seu. Para me manter forte e centado em mim, eu aprendi que o sofrimento é opcional (não vejo porque ficar arrancando a casca da ferida, se ela automaticamente irá sangrar, então, pra que arrancar?!!!) e ninguém vai apertar o botão da implacabilidade por mim, então, eu o aperto e evito sofrer porque e por quem não merece uma lágrima ou ruga minha."
Nesse sentido, quando a gente começa a conhecer uma pessoa e acaba se envolvendo, num primeiro momento, uma omissão, um desinteresse da outra parte, uma apatia da sua parte e uma percepção de um fator-problema que poderá implicar em desarmonia futura para o relacionamento ou lhe gerar um certo desagrado são elementos fortes para comprometer o seu interesse afetivo e para desmoronar rapidamente o castelo de cartas, até mesmo antes do início da sua construção - aborta-se o projeto de construção e pronto.
Lembra-se do último "top five" (5 posts atrás) ?!!! Então, em pouco tempo, aquele elenco praticamente já caiu por terra. Como assim?!!! Tratava-se de sentimentos (curiosidade mesmo) frágeis, acredito de ambas as partes, senão tinha havido liga e esta dando frutos, mas... É melhor assim mesmo, abortamentos para que qualquer chateação e decepção possam ser evitados.
- "O que de fato acontece é que eu estou com o meu coração, digamos assim, "duro na queda", e isso dificulta que eu sonhe além das estrelas e consiga me apaixonar ingenuamente, com todos aqueles arrebatamentos e entempéries que somente aqueles que se jogam com tudo, sem restrições, conseguem fazer. Eu já tenho muitas restrições e elas fazem com que eu me desapegue muito rápido."
O mecanismo subjetivo do processo seria assim: "Quando eu estou começando a sonhar além das estrelas, acontece alguma coisa que me faz acordar e me faz ficar com os pés fincados no chão, já que as minhas asas foram arrancadas muito cedo". Apesar de toda dureza que isso possa me denotar, sem dúvida alguma, é um mecanismo de salvamento fundamental para que eu não me atole e afunde até a cabeça na areia movediça, mesmo que, em alguns momentos de súbita irracionalidade eu tenha a curiosidade de colocar o meu dedinho do pé naquela lama instigante.
Mas, o fato é que, hoje, não precisa de muitos motivos contundentes para que os meus interesses iniciais e os meus castelos de cartas desmoronem e caiam ao chão, como alguns já desmoronaram.
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