O Governo "Nova Era" completou o seu terceiro mês de mandato presidencial. Em "comemoração", vários Institutos de Pesquisa Popular (Ibope, Datafolha, XP/Ipespe, dentre outros) lançaram as suas primeiras pesquisas avaliando o apoio ao Presidente e ao grau de contentamento com os feitos do Governo até aqui, umas mais detalhadas do que outras.
Agora, concretamente, o que foi que o governo fez de relevante até aqui, nesse primeiro trimestre, que pudesse ser destacado além, das polêmicas sociais e educacionais propagadas nas redes sociais e nos noticiários e programas de TV, os escândalos envolvendo o suposto envolvimento do PSL (partido do presidente) em fraudes eleitorais com presença de lavagem de dinheiro, caixa 2 e uso indevido de fake news durante a campanha de 2018, os micos & vexames públicos protagonizado pelo Clã Bolsonaro e por parte de alguns membros da sua equipe ministerial, o fortalecimento da cultura do ódio no país, presente nos discursos e nas práticas da população, e o olhar de cautela do mercado econômico e de deboche da Imprensa Internacional?!!! Creio eu que nada de expressivo, até porquê, o governo ainda não teve tempo hábil para implementar ações e propostas que visem estabelecer mudanças significativas em prol do país e do povo, tanto é que já começou a refletir nos resultados das pesquisas populares, avaliando o apoio e a performance do Sr Presidente e do seu governo.
Não vou expor todas as porcentagens das amostras analisadas, porquê, a minha proposta aqui não é analisá-las em profundidade, mas, quem tiver interesse e curiosidade, é só pesquisar no Google, que elas todas estão dispostas lá. Embora, todas elas ainda sinalizem que a grande maioria dos entrevistados ainda apoiam o Presidente Jair Bolsonaro e o seu governo, algumas pesquisas como o Ibope, o Datafolha e o Xp/Ipespe (datadas em 18/03) já começaram a identificar quedas de popularidade do presidente e rejeição à performance do governo por parte do povo:
Segundo o Ibope, houve uma queda de 15% no quesito aprovação popular, e, segundo o XP/Ipespe, a popularidade do presidente caiu 3% e a rejeição do governo aumentou 7%. Já, o Datafolha, embora também tenha identificado um aumento de 10% quanto a rejeição (avaliando como ruim e péssimo) e queda de 15% no tocante à avaliação do governo (passando de ótimo e bom para regular), também destacou que 64% dos entrevistados demonstram otimismo ao novo governo, onde 34% consideram o governo como sendo ótimo/bom (antes era 49%) e 34% consideram o governo como regular.
Então, se o Governo "Nova Era" não começar à demonstrar resultados positivos e consistentes sobre as propostas referentes ao Programa Anticrime e à Reforma da Previdência, a impaciência do brasileiro e a oposição ao governo podem crescer e influenciar negativamente o apoio ao governo. Associado à isso também há os ruídos de comunicação e conflitos entre os membros do governo, a ausência de um diálogo claro junto ao povo que ainda se mantém dividido e as crescentes polêmicas protagonizadas por eles. Esse pacote pode ser o suficiente para o Gigante Brasilis despertar do "transe eleitoral pro-mudança", percebendo as implicações e as responsabilidades de ter feito essa escolha eleitoral nas urnas.
Portanto, as primeiras quedas na popularidade e apoio ao Sr Presidente nas pesquisas populares podem significar que o povo está acordando para os fatos que estão aí e deixando de serem tão dogmáticos e ingênuos às fake news, que elas não tem sustentabilidade para manter factoides e farsas por muito tempo. E, aqueles que ainda consideram o governo como regular, também tem muitos daqueles que se negam a enxergar o que está diante dos seus narizes e, por orgulho e/ou convicção, não querem dá o braço à torcer apesar de já começarem a ficar descontentes.
De acordo com a minha avaliação, apesar de todos os meus receios e restrições, ainda é cedo fazer algum prognóstico preciso, porquê, realmente em três meses não dá para fazer nada de transformador e edificante. Nesse momento, o Governo "Nova Era" ainda está se ambientando com a máquina política e estatal e desenvolvendo seus projetos e estratégias de gestão e políticas públicas para apresentar ao Congresso - Algo que deveriam ter um esboço prévio e não partir do zero. Porém, é o que temos. Talvez, quem saiba, no final do primeiro semestre, o quadro político esteja melhor definido. Aguardemos.
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