quinta-feira, 14 de março de 2019

NÃO à Cultura do Ódio!!!






Numa sociedade que estimula a cultura do ódio, legitimando-o através da intolerância, do preconceito, da segmentação e da ausência de respeito, os episódios de violência e brutalidade se tornam cada vez mais freqüentes e podem ser manifestados em diferentes formas e intensidades - todas elas degradantes, tóxicas, destrutivas e desumanas. Não interessa se é uma indireta dada ou uma discussão inflamada com picos de descontrole emocional, ou se é uma brincadeira ou piada sem graça e de mau gosto ou uma constante e vergonhosa manifestação de bullying, ou um empurrão "sem querer, querendo" ou uma agressão física isolada ou continuada, ou um súbito desejo de matar ou chegar às vias de fato. Seja como for e do jeito que for, é a violência se fazendo presente e o ódio sendo propagado. Valentões, embustes e insanos são que não faltam em nossa sociedade, cada vez mais enferma. 

Essa energia negativa e autodestrutiva é tão tóxica e impregnante que, em pleno estágio de stress e frenesi, ela é capaz de contaminar e contagiar à todos que estão até ao seu chegar, chegando ao ápice da histeria coletiva. Os linchamentos públicos e virtuais, mediados pela cólera raivosa e o ódio, são exemplos claro do caos e doença social que o nosso país está exposto. O ódio gratuito está entre nós. Já virou hábito dos haters jogarem nas costas dos outros as suas próprias frustrações e os seus recalques, como também as suas inseguranças e próprias incapacidades em lidar com as derrotas, os infortúnios e os limites que a vida lhes apresentam e a sua pior versão. Quem não tem consciência, serenidade, empatia, bom senso e equilíbrio emocional acaba reproduzindo esse ciclo vicioso baseado em ódio e ações violentas e autodestrutivas. 

Às vezes, quando eu estou impaciente e de mau humor ou até em plena indignação perante uma injustiça ou uma ação absurda, eu me pego respondendo atravessado para alguém, okay, muitas vezes são pessoas sem noção, ignorantes e até dignas de ódio, mas, eu tento me policiar, manter-me tranquilo e retroceder um tom menor da minha fala para não ingressar nesse ciclo doente e viciado e cada vez mais presente nas nossas relações interpessoais tanto no cotidiano quanto nas redes sociais. Não é todo mundo que tem o autocontrole necessário para domar os seus monstros internos e o seu lado mais "Jekyll & Hyde".  Como não se deixar afetar pelo ódio gratuito dos odiosos?!!! Sem dúvida é uma missão titânica, porquê não é fácil ficar indiferente à ignorância, bestialidade e soberba alheia.

Geralmente, o tempo me deixou mais tranquilo e menos impulsivo, ao ponto de eu não ficar destemperado por bobagem ou poucas coisas e pessoas sem relevância. Tudo bem que é um exercício diário de tolerância e amadurecimento, mas, eu vou tentando e fazendo a minha parte para manter o meu equilíbrio emocional e a minha cordura, porquê, quando eu saio do sério, eu não dou um "baile", mas, um "bailão": Não queiram me ver em meus 5 min de fúria!!! Eu não recomendo. 

Eu sou completamente contra e avesso à cultura do ódio, por isso, eu busco não celebrar à estupidez humana, estar do lado de lá por não saber dialogar e respeitar e nem saber lidar com as divergências e diferenças. Os desequilibrados apenas sabem atacar, odiar, humilhar, ameaçar, segregar, excluir, enfim... estimular e propagar o que há de pior neles. Agir assim é ignorar o que há de melhor em nós, o que nos torna mais humanos e menos bestas, é manter acesa a chama da esperança e fé no ser humano e viva a ilusão de construir um mundo melhor e curada de tanto ódio gratuito e infundado. Não é esse Brasil que eu quero para mim e nem para as futuras gerações.  

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