sábado, 16 de março de 2019

E essa tal de Responsabilidade Afetiva, heim?!!!









Antes mesmo do termo "Responsabilidade Afetiva" ter virado foco e pauta de debates na mídia e estar presente nas discussões, diálogos e # nas redes sociais, eu já a praticava na minha vida amorosa e nas minhas relações interpessoais por um único e simples motivo: Empatia. Eu sempre tive esse cuidado em me colocar no lugar do outro, por levar em consideração aquele velho ditado popular: "Não faça aos outros aquilo que você não quer que façam à você". Nem mais, nem menos. Colocar-se no lugar do outro, por ser uma questão de respeito e consideração, principalmente com aquelas pessoas que você gosta e convive dia-à-dia, pode ser em alguns momentos e algumas circunstâncias uma missão não tão fácil de ser cumprida, mas, para você criar esse hábito e essa sensibilidade, é um exercício diário.

Porém, você respeitar os sentimentos e o espaço do próximo e ser responsável pelas consequências das suas atitudes para com ele(a), não implica em dizer que você tenha que deixar de viver a sua vida ou deixar de aproveitar as oportunidades que surgem de forma inesperada e de improviso, que podem não haver uma 2ª chance para voltar acontecer, para não gerar um sofrimento e constrangimento alheio. Uma coisa é você provocar e "brincar" com os sentimentos dos outros de forma deliberada, proposital e irresponsável, outra bem diferente é você se privar de vivenciar um momento lúdico, inesperado e especial que é só seu. 

Assim, quando um relacionamento acaba e não há mais elos afetivos e laços de compromisso que ainda te deixem atado à ele, você não tem mais porquê se sentir responsável pelo afeto dele(a) por sua pessoa, afinal houve uma ruptura, um término de ciclo e agora cada um se torna responsável pelos seus próprias sentimentos, caminhos e escolhas. É vida que segue e por isso você não pode se sentir culpado(a) por agir espontaneamente e com liberdade. Subjetivamente, cada um é dono e responsável pelos seus próprios sentimentos e precisa aprender à lidar e respeitar a liberdade e o direito de recomeçar do outro - quem um dia esteve ao seu lado como parceiro(a) e deixou de sê-lo(a). Infelizmente, nem todo mundo tem essa maturidade e equilíbrio emocional para ver o outro partir da sua vida. 

É claro que você não precisa ser insensível e agir como um verdadeiro canalha logo em seguida de um término de relacionamento, principalmente, se não acabou em bons termos e foi de maneira traumática e conflituosa. Há um tempo de luto para ser respeitado, mas, não é padrão, uns demoram mais rápido para superar a separação do que outros. Porém, é preciso ser dito e ficar bem claro que você deve respeito e consideração quando o casal ainda está junto, depois do rompimento, cada um precisa seguir o seu rumo e exercer plenamente a sua individualidade, pois existem as suas próprias vidas, compromissos e sentimentos para gerenciarem em separado. Não é ético e nem moral você ficar provocando o outro, seja para flertar ou causar ciúmes, e, muito menos, ficar alimentando falsas esperanças e expectativas. É uma atitude completamente inapropriada, injustificável e cruel da parte quem se propõe à essa canalhada, pois, há quem seja sádico e alimenta esse fetiche de ser "inesquecível" na vida do seu ex.    


Se o rompimento é recente, reza o bom senso que você tenha uma gesto de zelo com que supostamente você amava e/ou considerava e respeitava. Agora, se já faz um bom intervalo de tempo de separação... Quem sou eu para matar as suas ilusões e apressar os seus tempos, mas, você não tem o de se tornar a eterna vitima da situação ou responsabilizar o outro pelas responsabilidades que só lhe dizem respeito: Superar essa relação acabada e virar essa pagina definitivamente, pois poderão haver outras páginas para serem escritas no futuro. Adotar essa postura de vitimização, delegando poder e atribuindo culpas ao outro, é completamente improdutiva para quem precisa ressurgir das próprias cinzas afetivas, porquê te deixa atada ao passado e à uma relação falida e alem de deixá-lo(a) vulnerável emocionalmente às ações alheias. Se você não assumir o controle da sua vida e das suas emoções e não se poupar em passar por situações constrangedoras e vexatórias, você continuará sendo alvo de pirraça e/ou indiferença alheia e sofrendo por não ter superado o que passou. Não esqueça e nem fuja da sua responsabilidade em ficar bem, porquê a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. Caso você não superou esse sentimento ou fica alimentando falsas esperanças de reconciliação, saiba que mais cedo ou mais tarde, você irá se deparar com o seu ex acompanhado(a), namorando e talvez muito pleno(a) e feliz, porquê diferente de você, a vida dele(a) seguiu. E é super natural que a vida siga. 

Não se permita ser feito(a) de trouxa, sendo manipulado(a) através da culpa e/ou chantagens emocionais, e nem se torne uma vítima das circunstâncias, alimentando esse ciclo vicioso, tóxico e autodestrutivo e ficando estacionado no tempo e no espaço à espera de alguém que não voltará. Liberte-se, respeite-se em primeiro lugar, sem precisar de vingar ou desrespeitar quem algum dia foi importante para você.    



               

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