Falou-se tanto das entrevistas dadas pelo Ex-Presidente João Inácio Lula da Silva, dada à TV Folha, e pelo Ex-Deputado Federal Jean Wyllys, dada ao Pedro Bial para o seu Programa "Conversa com o Bial", ambos inimigos do Governo Nova Era, que ontem eu resolvi dar uma conferida. Ambos personagens foram duramente combatidos não apenas como adversários políticos, mas, alvos diretos de campanhas sistemáticas de acusações políticas, calúnias, difamações e discursos de ódio, intolerância e preconceito, e atacados moralmente principalmente na época das eleições passadas.🔎 📺 🔍
Quando se trata do Lula, ao defender à sua total inocência nos casos e processos que lhe imputam, eu duvido muito que, um homem com a sua experiência de vida pessoal e vida pública e militância popular, ele não soubesse o que estava passando ao seu redor - se não diretamente, na linha de frente das negociações e ilegalidades, pelo menos indiretamente. Omissão também é uma forma de ser conivente. Para mim, o pior crime que o Partido dos Trabalhadores (PT) fez foi se corromper para manter-se perpetuando no Poder Político e Público. Ao queimar a bandeira e o discurso da luta trabalhista e popular contra à Corrupção, acabou tornando-se igual aos partidos e políticos que criticavam, e o pior, tornando-se uma grande decepção para parte do povo que creditava nesse partido e na Esquerda de um modo geral como uma esperança política para combater as contradições da lógica do Capital e diminuir as desigualdades sociais, resgatando à cidadania ao povo brasileiro, um caminho diferente de gerir o país. Todo o legado conquistado no Governo Lula, o momento de prosperidade econômica, prestígio político e justiça social que o Brasil experimentou durante 8 anos, os escândalos e a incompetência do Governo Dilma, conseguiu manchar o seu legado, pondo em dúvida à legitimidade de suas conquistas como Presidente e fazendo parte dos seus eleitores do passado esquecê-lo como Político e força gestora.
Mesmo o seu contexto penal não prime pela total transparência e não tenha sido processualmente bem definido, apresentando uma série de dúvidas e contradições processuais, é preciso responsabilizá-lo até para que possa definir as suas culpas e responsabilidades e responder por elas, tirando qualquer margem de dúvida em sua condenação e afastar as teorias conspiratórias para neutralizar a sua força, liderança e representatividade política.
Embora visivelmente abatido, pelas circunstâncias de ser um preso político e por todas as perdas afetivas e familiares que ele tem sofrido nos últimos tempos, na entrevista eu vi um Lula altivo, combativo, atrevido e convicto das suas ideias e ações. Quem buscava vê-lo destruído e de cabeça baixa, apesar do seu legado político e prestígio pessoal e como ex-presidente ser questionado e posto à prova, eu não vi. Sem dúvida, ainda tem o espírito, o comando e a sabedoria que um importante líder político deve ter. Todavia, a oposição (agora situação) conseguiu neutralizá-lo.
Já o Jean Wyllys, encontra-se visível e emocionalmente abalado. Constantemente sendo alvo de fake news e sofrendo perseguições e ataques éticos e morais, viu a opinião pública voltar-se contra ele, sobretudo mediada pelos discursos de ódio, intolerância e preconceito. Diferente do Lula, vi um homem fraturado e não sei se os danos psicológicos sofridos trarão o Ex-Deputado Federal Jean Wyllys de outrora de volta à cena política. Creio que não, pelo menos, não agora, não durante nos dois próximos ciclos políticos.
Vítimas?!!! Algozes?!!! Justiçados?!!! Injustiçados?!!! Não dá para precisar quem é o quê, sem ser tendencioso ou tomar algum partido ideológico, porquê o contexto político e processual em que ambos foram e estão postos, um em liberdade forçada fora do país, praticamente exilado, e o outro privado da sua liberdade, julgado e condenado, num sobe pena e desse pena, numa revisão processual indefinida, não é um contexto confiável, sempre dando margens à contestações, seja de ataque ou defesa. Não é um contexto claro e bem definido.
O que eu posso afirmar e definir com certeza é que ter neutralizado ambas personalidades foi um tiro certo para o Novo Governo, uma vez que consegue neutralizar dois adversários e inimigos políticos que obstaculizariam os seus interesses políticos, ideológicos e partidários. Se a estratégia de neutralização foi construída dentro de padrões éticos e morais, limpos e confiáveis ou baseadas em situações dúbias e obscuras, apenas o tempo dirá se foi assim, apesar das dúvidas e teorias conspiratórias que já pairam no ar. Porém, o certo mesmo é que eles foram devidamente neutralizados e o Brasil está vulnerável e exposto à lógica da extrema direita armamentista, tradicional, opressora e excludente.
Ao invés de você assistir reações de terceiros no YouTube ou escutar a opinião de terceiros no Whatsaap ou guerra entre "fandoms rivais" nas redes sociais, você não toma a iniciativa e o controle da sua opção de assistir essas duas entrevistas e tirar as suas próprias conclusões?!!! Assuma o controle das suas escolhas e do seu conhecimento. Das duas, uma: Ou você reforça as suas convicções políticas e ideológicas, seja quais forem elas, ou depara-se pelo menos para refletir melhor à cerca do momento em que todos nós estamos vivendo. Isso também é válido para a Entrevista do Ministro Sérgio Moro e do Guru do Jair Bolsonaro, Olavo de Carvalho, ao Pedro Bial, por exemplo.
Assistam e tirem suas próprias conclusões.
Assistam e tirem suas próprias conclusões.
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