domingo, 24 de fevereiro de 2019

E se fosse comigo?!!!





Dar conselho é algo bastante delicado, porquê você não pode ir recomendando qualquer coisa aleatoriamente e sem responsabilidade, e desgastante, porquê, geralmente quem pede quase nunca segue à risca o conselho dado. Logo, se conselho fosse bom, ninguém dava, o vendia. Além do que, em nenhuma circunstância, você não pode forçar ninguém à pensar, sentir e agir igual à você. Partindo desse princípio, eu prefiro fazer o seguinte exercício: Me colocar no lugar do outro, usando a empatia pura e simples, assim, ao invés de aconselhar, como se dar uma receita pronta ou ditar uma regra, eu respondo o dilema como se fosse comigo. Quem se identificar comigo segue, se não, pelo menos, pode refletir e tirar as suas próprias conclusões e fazer as suas próprias escolhas - Isso sim, é o que realmente importa: Dar uma "luz" ao problema e não resolver o problema por ela e me responsabilizando por um problema que não é meu e a decisão final não pode e nem deve ser a minha.


Então, vamos ao "E se fosse comigo?!!!" de hoje. A situação é a seguinte: Se eu tivesse um tumor não diagnosticado, sendo necessário fazer a biópsia para defini-lo e tratá-lo, porém ele se encontra numa área de difícil acesso e que poderia colocar a minha vida em risco na mesa de cirurgia durante a operação. O que eu faria: Operaria de imediato, apesar do risco de morte, ou esperaria o tumor evoluir para que, com o passar do tempo, ele pudesse dar indícios de qual tipo de tumor seria, maligno ou benigno.

Como eu não tenho paciência para ir arrastando um problema pela vida e ficar esperando que ele se resolva por si só ou pela boa vontade de terceiros, eu tomo logo a atitude e a coragem necessária e enfrento o problema. Eu operaria, porquê se tratasse de um tumor maligno, eu não teria tempo a perder. Todos nós sabemos que, quanto mais cedo um câncer ou uma outra modalidade de doença degenerativa é diagnosticada precocemente e iniciar o tratamento, maiores são as chances de cura ou tornar uma doença estável e controlável, contendo impactos, avanços e a morte precoce. Além do que, se for para morrer que seja o mais indolor possível. Eu tenho pavor de sofrimento, se for doloroso, lento e degenerativo é pior ainda, e, como eu não tenho medo da morte, eu prefiro enfrentar logo o que precisa ser enfrentado. Sou assim mesmo, desapegado. Até mesmo porquê, o risco de morte está por aí à solta e não avisa quando chegará. 

Essa escolha pode parecer um tanto quanto kamikase, mas eu tenho um temperamento autodestrutivo mesmo quando se trata de dilemas que te deixam encurralado, comigo é assim: ou é 8 ou 80. Considerando que eu não tenho nada à perder. Mas, até aqui, até o presente momento, na minha vida, está tudo sob controle. O fato de optar em fazer à operação mesmo correndo de vida não precisa ser seguida por ninguém, porquê o que pode ser bom e adequado para mim pode não ser para você. Portanto, quando se trata de você, da sua vida, faça a escolha de acordo com seu bem-estar, sua paz de espírito e consciência, sem abrir mão do seu direito supremo de dar à sua última palavra.           

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