quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Brincadeira Inapropriada ou Assédio?!!!





O que difere uma brincadeira inapropriada e de mal gosto, aparentemente simples, inofensiva e sem a intenção de magoar ou invadir alguém, de um assédio moral e/ou sexual?!!! A repetição. A insistência que induz ao erro, ao constrangimento, à humilhação. Quem nunca deu uma "bola fora" ou mancada, ultrapassando os limites diante uma piada sem graça ou fora do tom ou gerou uma situação embaraçosa ou que deu margem à falsas interpretações e mal entendidos?!!! Por mais inofensivo, por mínimo que seja, ou espontaneamente sem premeditações e intensões maquiavélicas por detrás disso?!!! 

Simplesmente acontece, porquê todos nós somos passíveis de erros e estamos vulneráveis à interpretação e as limitações dos outros. Vou dar um exemplo corriqueiro fácil de ser visualizado. Às vezes, por estarmos amparados por uma falsa e/ou frágil sensação de familiaridade e intimidade que possa existir dentro de uma relação de amizade, ou alguém que consideremos como um amigo muito próximo, acreditamos que da outra parte também exista essa reciprocidade, a abertura, a intimidade e a liberdade necessárias para brincar, entender, aceitar e perdoar quaisquer coisas que venha do(a) seu(ua) amigo(a): brincadeiras, pegadinhas, piadas, deboches, ironias, deslizes, erros, mesmo que a intenção seja inofensiva. SQN (só que não). Aí, você descobre que, o que você presumia o que era, não era bem assim e nem tudo dentro de uma relação será permitido e estimulado. Existem limites que precisam ser respeitados e não ultrapassados.


Às vezes, acertamos o tom da brincadeira, outras vezes não. E, quando erramos o tom dela, sem a intenção de, acabamos desagradando e magoando alguém que gostamos muito. Quando há esse sinal de mau-estar e de desconforto, demonstra automaticamente que algo nessa relação está errada e que nós ultrapassamos os limites e as barreiras que não poderiam sê-las. Assim, como quem dá o limite até onde podemos ir ou não é o outro, é preciso que as regras dessa amizade fiquem bem claras e estabelecidas, porquê ninguém é obrigado à saber ou adivinhar quais são as fragilidades e as limitações alheias, principalmente em início de relacionamento, e apenas se dá conta disso quando se depara pela primeira vez com a situação, até então desconhecida por você, podendo até ser surpreendido com a intensidade da reação dele(a)(s). Portanto, para você evitar situações dessa natureza embaraçosa e inapropriada, nunca é demais usar o "bom senso" (se você tiver e saber usá-lo muito bem), evitando que limites sejam ultrapassados e confianças rompidas. 

É pertinente você se perguntar o quanto essa amizade que você a considerava sólida é realmente forte, consistente e recíproca. Que tipo de relacionamento é esse que se abala por causa de ruídos de comunicação, de um princípio de desentendimento e um erro cometido sem ter o interesse de prejudicar ou causa danos éticos e morais e físicos e psicológicos?!!! Todavia, quem se sentiu magoado ou agredido ou invadido com essa brincadeira inapropriada tem todo o direito de sentir-se assim. Os sentimentos são dele(a)(s) e isso é indiscutível, desde que não seja usado como instrumento de manipulação e de má fé.   


Se a brincadeira foi too much, over, não agradou, transbordou o corpo d'água, a advertência vem logo imediatamente como sinal de desagravo e de não repetição. Logo, uma pessoa sensata e com o mínimo de bom senso e semancol, pararia ou recuaria para não se tornar uma pessoa desnecessária, inapropriada e inconveniente. Se esse sinal foi dado, há de ser respeitado. Caso contrário, se você insistir na repetição desse erro, o que era uma brincadeira inapropriada e de mau gosto, até uma garfia, se transformará em invasão de privacidade, molestamento, atentado ao pudor e assédio (moral e/ou sexual) - muito cuidado com o que você faz, com ou sem intenção, porquê pode ser tipificado criminalmente.

Nesse sentido, é preciso aprender à respeitar e não ultrapassar os limites dos outros para evitar a repetição do erro cometido. Essa regra de boa convivência é válida e aplicada democraticamente para todos, sem distinções. Esteja atento aos sinais.

Se você já foi advertido que a sua conduta foi inoportuna e desnecessária é porquê nitidamente o sinal está fechado e, caso por teimosia e insistência você recorre à repetição desse erro, a punição é mais do que justa, afinal, o seu seu direito acaba quando o do outro começa. Anote mais uma vez: Ter bom senso e agir com limites são regras de socialização fundamentais para se estabelecer um convívio saudável, ameno, civilizado e agradável. 

Claro que, além dos casos criminosos e hediondos como atentado ao violento ao pudor, abusos e violências sexuais (estupro), todo comportamento repetitivo que ultrapassa os limites éticos e morais e contato e apelo físico e as regras estabelecidas pelo outro, rompe a confiança e os laços de amizade e gera constrangimento e mau-estar, configurando como assédio. E, nesses casos, defenda-se denunciando, sobretudo se você tiver testemunhas e provas físicas contundentes que lhe amparem.              





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