sábado, 31 de agosto de 2019

Glass, O filme (2019)



Quando se trata de dogmas, fé, dons especiais, para-normalidade ou tudo aquilo que foge da sua compreensão e da sua metodologia científica racionalista ou colocam em check a sua credibilidade, a Ciência tem como costume e defesa ser bastante cética quando lhe convém - ocultar para manter o equilíbrio e evitar o caos. Como se isso fosse possível manter uma ou mais farsas à vida inteira, logo as teorias das conspirações estão aí para desmenti-las e desmistifica-las. Glass (2019) traduz bem essa inquietude, indo buscar referências nos universos da ficção-científica e nos quadrinhos (Comics) essa história. 

Sugiro até que, quem não assistiu Fragmentado (2016/17), assista porquê ele faz referências anteriores aos personagens do Bruce Willys (David Drunn) e James McAvoy (Kevin Crumb) e a relação entre eles. 

Apesar da história não arrancar suspiros ou ser aclamada como UAU, vale assisti-lo pela crítica feita à Ciência, uma vez que ela pode se dobrar aos interesses pessoais de um indivíduo ou de uma instituição que pode se corromper durante o processo, já que para aqueles que possuem um caráter e uma ética duvidosa, podem ocultar verdades imutáveis, inquestionáveis e inexplicáveis sob a luz da razão para preservar os seus próprios interesses, quebrando um dos pilares básicos da Ciência, a imparcialidade científica - considerada uma utopia para os mais extremistas.

Também vale a pena assistir pela interpretação magistral do trio de atores Samuel Lee Jackson (Elijah Price), Bruce Willys e James McAvoy - Putz, ele roubou a cena do começo ao fim, demonstrando como ele é talentoso. Enfim, fica a dica.     

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