Engana-se quem pensa que o Brasil, em algum momento, deixou de ser um país capitalista, mesmo nos quatro últimos governos sob a batuta da esquerda petista que tentou implantar políticas públicas e projetos sociais para amenizar o impacto voraz do capitalismo, alimentando-se da má distribuição de renda e da circulação do capital e das suas relações comerciais, e também promover justiça social.
Sem dúvida, para o Brasil voltar à crescer e gerar renda precisa encontrar uma estratégia viável e eficiente para fazer a roda financeira girar, criando emprego, renda e negócios para o país, logo, mudanças no modelo econômico brasileiro se fazem necessárias. Segundo o Ministro Paulo Guedes, é intenção do Governo Nova Era substituir o modelo de "distribuição de renda", já defasado, por um modelo baseado no "sistema de capitalização".
Agora, a pergunta que não quer calar:
- O Governo Nova Era será capaz de criar efetivamente uma onda de crescimento econômico e desenvolvimento social sem pisar na necessidade vital de promover o Desenvolvimento Sustentável, sem agredir, desmatar e fazer mal uso das nossas riquezas naturais e biodiversidade?!!! Será que essa atual equipe de governo é competente o suficiente para gerar emprego e renda, pilares para movimentar o capital dentro da economia brasileira e combater a alta taxa de desemprego em constante ascensão até aqui, e estabelecer relações políticas e econômicas de maneira íntegra, responsável, soberana em prol dos nossos interesses e não dos americanos e diplomática?!!!
Na teoria, tudo parece fazer sentido e ser aplicável, já na prática... Vamos aguardar os próximos passos dessa Nova Era Tupiniquim e, se é para capitalizar, capitalizaremos, mesmo já sabendo de antemão que os efeitos podem ser desastrosos. Não dá para promover crescimento econômico e desenvolvimento social sem combater em conjunto à degradação social em qual o Brasil se encontra. Se houver resultados positivos, mesmo diante de práticas e exemplos que já demonstram o quanto é nocivo à população esse tipo de modelo econômico, serão projetadas à longo prazo e talvez eu nem esteja mais aqui para contar história.
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