sábado, 20 de julho de 2019

E por falar em traição, o sentimento de culpa de quem foi enganado...





Quando você se depara com uma situação um tanto quanto embaraçosa e desconsertante como à traição, sobretudo quando a apunhalada é inesperada (ou não, já quase como uma paranoia esperada) e é dada por quem você amava e confiava (se não, pelo menos deveria), é duplamente frustrante e constrangedor ao ponto de você ter que se deparar com um pedido qualquer de desculpas e/ou alguma ridícula tentativa de explicar o lastimável engano cometido, como se isso fosse possível de ser aceito, se houvesse algo assim que pudesse justificar a falta de lealdade e o desrespeito ao casal e também aplacar a ira e a indignação causada à você. Além do quê, dentro da sua dor, sofrimento e desorientação, você pode vir à desenvolver um sentimento de culpa absurdo e autopunitivo para tentar justificar à sua suposta falha e a sua suposta culpa por ter contribuído para o seu engano. 

Caso isso aconteça, essa sua auto-penitência e à beira de uma punição sádica e masoquista da sua parte, é um dos grandes enganos de quem é traído pode cometer consigo mesmo. Boicotar-se assim, utilizando a desculpa de que "Eu não consegui fazer ele(a) ser fiel", além de ser um desserviço e também um desrespeito à você, ao seu amor próprio e saúde emocional. Segundo a Dra Anahy D'Amico, Terapeuta e Psicóloga do Programa Casos de Família exibido semanalmente no SBT e com canal próprio no YouTube, abrindo aspas, 

A gente não faz o outro ser fiel ou não, né?!!! Amar uma pessoa não blinda a gente de ter desejo por outras. A gente não manda na atração, você pode muito bem amar seu parceiro, sua parceira, e, mesmo assim, sentir atração, sentir desejo por outra pessoa. Só que a gente não manda no pensamento, a gente não manda no desejo, mas a gente manda nas atitudes da gente, a gente manda nas nossas escolhas. Então, a gente pode sim se manter fiel, se o amor que a gente tem pela pessoa que está com a gente for maior do que a curiosidade e o desejo que a gente sente por outra. A gente pode controlar isso.   


Logo, você é tão e somente responsável por VOCÊ, por suas ações, pensamentos e sentimentos, e NÃO PELO OUTRO, não pela ausência de empatia, lealdade e consideração da parte dele. Cada qual com as suas responsabilidades, afinal o êxito ou o fracasso de um relacionamento é de dois e não apenas de um. Quer fazer uma autocrítica para tentar melhor compreender e objetivar a situação, faça, mas, não seja o algoz de si mesmo e nem queira ser mártir, carregando todas as culpas e as responsabilidades da dupla em suas costas. Cada um é responsável pela lealdade e fidelidade que é capaz de oferecer ao seu suposto amor.

Ir ou ficar nesse relacionamento, tentando superar o que aconteceu, é uma decisão íntima, altamente pessoal e intransferível, tomada por cada uma das partes envolvidas, afinal apenas você saberá se é capaz de perdoar, esquecer e superar.  

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