Quando se trata de auto-realização e felicidade pessoal, é preciso estar ciente de que, nem sempre, gostando ou não, elas estão associadas à métrica de seguir os padrões éticos e morais e as regras sociais fidedignamente, até porquê, na vida, você depara com situações em que optar por você mesmo, colocar-se em primeiro lugar é uma necessidade vital. Por mais difíceis que elas possam ser, algumas escolhas precisam ser feitas e arcar responsavelmente com as consequências delas também.
Todavia, eu não estou dizendo que para você ser verdadeiramente realizado e feliz você tenha que quebrar regras, mas, caso você as quebrem, de antemão, esteja certo(a) de que para andar na contramão, contra o fluxo normativo e desafiar a ordem social pré-estabelecida antes mesmo de você nascer, você tem que ter coragem e ousadia para bancar e defender as suas convicções e pontos de vistas e sobretudo os seus próprios interesses. Ter personalidade é essencial para quem quer ter liberdade e autonomia para querer viver de acordo com as suas próprias regras, logo essa árdua tarefa não é fracos e nem covardes e, muito menos, para "cordeirinhos".
Conquistar a felicidade tem o seu preço e, muitas vezes, afeta direta ou indiretamente a vida e os interesses de outras pessoas, independe se elas estão ou não dentro da sua vida, e por isso é preciso pagar um alto preço. Por outro lado, você não pode impor autoritariamente o seu modo de ser, pensar, sentir e viver acima aos demais, por maior que seja o seu ego e a sua megalomania, lembre-se de que ninguém é uma ilha ou pode viver isolado de tudo e de todos, existindo e vivendo dentro de uma bolha e limitado à uma realidade paralela como em Matrix, logo, como à priori você é um ser social, é preciso aprender à respeitar as pessoas, as diferenças e as hierarquias sociais como também estabelecer relações sociais à contento. É o mínimo que se espera de alguém que pretende viver dentro de uma conduta civilizada para não viver em constante estado de tensão, entre guerras e conflitos.
Todavia, se você está disposto fazer o que for para ser feliz, pergunte-se: Eu tenho a altivez, liberdade e a resistência necessárias para romper padrões e ultrapassar limites?!!! Eu me incomodo e fico muito vulnerável à opinião alheia e que os outros vão pensar e falar de mim?!!! Se você é uma pessoa frágil e se fragiliza com facilidade quando lançam algum juízo de valor ao seu respeito, dificilmente você terá força de ataque e proteção adequada para lutar por si mesmo.
Quem foge dos padrões sociais e normativos e se torna a personificação da diferença, automaticamente se transforma em saco de pancada e de alvo para o rechaço social em forma de ignorância, intolerância, preconceito, julgamento de valor e até a condenação e o escárnio público. Você é forte o suficiente para bater de frente com uma força ética e moral, além do falso moralismo e da hipocrisia social, que pode te oprimir e comprometer a sua credibilidade e reputação?!!! A pressão existe e ela pode ser extremamente cruel, opressora e limitadora com o intuito de manter você na linha, no controle, atuando dentro de um papel social já pensado e destinado à você.
Assim, diante dessas forças opostas e conflituosas, o seu dilema em Conquistar o seu desejo e a sua verdade versus a Expectativa social posta em você, irão nortear a sua vida e a sua existencial social, onde a sua felicidade e auto-realização não são levadas em conta e podem até ser sacrificadas. Você está disposto à sacrificar-se?!!! Você escolhe qual papel social: O vilão transgressor ou o mocinho obediente às expectativas e planos postos em seus ombros?!!!
Enfim, a construção da própria felicidade pode ser um exercício solitário, dependendo única e exclusivamente da sua disposição em ser fiel, focado e motivado para lutar por você mesmo. O poder é seu, mesmo que, em algum momento, você possa cair na cilada em delegar esse poder e essa responsabilidade que é completamente sua à outrem. Ser feliz não é uma missão simples ou fácil de ser conquistada e, muito menos, cai do céu no seu colo, porquê, na vida, você é conduzido à fazer escolhas. A partir do momento em que você faz as suas escolhas, seja de maneira livre e espontânea ou não, intuitiva ou não, você acaba abrindo mão de outras coisas que podem ser tão ou mais importantes quanto às escolhas que você priorizou. Arrepender-se das escolhas feitas e dos caminhos tomados fazem parte do processo.
Mas,..., porém, todavia e contudo, apesar de todas as incertezas e riscos, mesmo não sendo fácil, a minha convicção me sugere que quando você opta por você mesmo, por sua verdade, seja ela qual for, poderá no final, passado todos os obstáculos e temores, valer muito à pena, primeiro, por você ter sido honesto consigo mesmo e, segundo, ter tentado construir a sua felicidade, sem se tornar refém do "SE" ou de qualquer outra circunstância ou condição que te força-se simplesmente à seguir um caminho ou uma regra que te adequava socialmente, mas, poderia ou não te fazer feliz. Quando se trata de você e por você, a escolha final é sempre sua e o fardo dela também.