segunda-feira, 7 de maio de 2018

(Re)Encontro de "amigos" após tantos anos distanciados





O tempo vai passando e cada um de nós, por um motivo ou outro qualquer, vai se distanciando das nossas antigas turmas (infância, de colégio, da universidade, do trabalho) e construindo novas redes de relacionamento. Essa diversificação de novas amizades também faz parte da nossa evolução pessoal e social e isso não tem mal nenhum, porquê reflete em qual estágio as nossas vidas estão e vão se transformando e adotando dinâmicas próprias, fazendo-nos seguir caminhos diferentes dos nossos amigos, como também vão classificando quem são os seus amigos verdadeiros, colegas eventuais e conhecidos e selecionando aqueles que continuarão presentes e atuantes na sua jornada.   

Socialmente chega o momento do reencontro, da reunião de velhos amigos com quem você compartilhou tantos momentos importantes para a sua aprendizagem e crescimento como ser humano. Quando isso acontece, chegou a hora de juntos relembrar situações divertidas ou não, fazer uma releitura do passado, tentar resolver antigas pendências, conflitos e mal entendidos, retomar velhos laços, matar as saudades ou romper de vez com quem um dia fomos. Além do "recordar é viver", também é um momento de fazer o inventário e uma pequena resenha de quem somos hoje e as nossas conquistas pessoais e profissionais - Por a parte dos anos e das experiências que não compartilhamos juntos devido a separação de caminhos. 

Infelizmente, nesses (re)encontros sempre haverá algum medíocre ou espírito de porco que por falta de fair play se tornará uma presença completamente desnecessária e inapropriada, fazendo provocações, comentários ácidos e sem noção. como também querendo diminuir e criticar a sua pessoa e retomar antigas intrigas e rixas, Personas assim, negativas, destoam da vibe e do propósito divertido da reunião. 

Alguns encontros eu fui e tive interesse em participar, outros não. Alguns amigos eu senti saudades, outros não. Alguns amigos continuaram presentes e atuantes na minha vida, porquê a intimidade e a afinidade não foram perdidas, outros não. Alguns amigos se reduziram apenas às boas lembranças, porquê as afinidades de outrora ficaram no passado ou não geram mais interesses. Algumas amizades são mais duradouras e importantes pois os elos eram mais fortes e genuínos do que outras, enfim, faz parte da dinâmica das relações e das mudanças pelas quais passamos no decorrer do caminho.

Se por um lado, eu sou uma pessoa desapegada, pois reciprocidade não se cobra e nem se pode forçar apenas flui naturalmente, por outro, quando eu quero desfrutar da presença e da amizade de quem eu gosto, respeito, admiro e considero, eu não uso o tempo, a distância e o silêncio como desculpas frágeis e pretextos para me manter ausente. Okay. se agora eu também estou mais ausente do que eu costumava a ser, faz parte do meu ar anti-social agravado pelo tempo. 

Participar de (re)encontros, regressar ao passado e rever velhos amigos, colegas e conhecidos só vale a pena se for motivado por desejos espontâneos e genuínos para estar junto outra vez, reagrupar, e não por mera obrigação como se você tivesse o compromisso de estar por estar e devesse alguma satisfação à dar aos outros do que aconteceu com você nesses últimos anos em que esteve longe dos olhos. dos ouvidos e talvez das memórias e do coração. Também é preciso considerar se você está preparado para estar na berlinda outra vez, expondo os seus logros e fracassos e ser julgado por um grupo de pessoas que pode não ter mais nada a ver com quem você se tornou hoje.         

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