Do legado do Sylvester Stallone para o Cinema, Rocky Balboa é sem dúvida um dos personagens mais marcantes interpretados por ele, marcando principalmente a geração dos 80. A história de Rocky e a sua trajetória nos ringues de boxe servem para dar corpo e forma à franquia de "Creed". Embora Adonis Creed seja o filho bastardo do lendário boxeador Apollo Creed, Creed faz muitas referências à vida do Rocky Balboa, focando sobretudo no Rocky I, II e IV.
Após o lançamento de Creed, eu fiquei me perguntando como seria encarar um filme de boxe, sem Rocky Balboa ser o protagonista absoluto do filme e não estar em combate dentro dos ringues, apesar dessa inquietude inicial, deve ter sido um grande desafio tanto para os produtores do filme quanto para o público superar esse estranhamento - o que seria bem natural mediante as circunstâncias, construindo uma franquia baseada num clássico do cinema de drama e ação. Ao meu ver, embora tenha deixado no ar e em mim um certo saudosimo da Era Rocky Balboa, Stallone em seu auge físico e modo bem peculiar de atuar, o filme não foi comprometido, graças o ator Michael B. Jordan ser um interprete competente e ter dado conta do recado, diante das expectativas criadas no Creed I: Nascido para Lutar (2015) e Creed 2 (2018/2019).
Quem viveu a "Era Rocky Balboa" e acompanha a retomada ou o desdobramento com "Creed" percebe como a linguagem e a estética cinematográfica se transformaram com o decorrer das décadas que os separam. Todavia, a versão "Nutella" de Creed, embora consiga entreter com qualidade, não tem a força e a adrenalina que Rocky produziu em seu momento, não conseguindo superar a versão "Raíz"- Acredito eu que esse não tenha sido o objetivo dos Diretores Ryan Coogler (I) e Steven Caple Jr (II). Mas, como quem aclama é o público mesmo e como tal essa é a minha percepção.
Tanto Creed (I) quanto o Creed (II) fazem referências importantes baseadas no clássico, logo, seria interessante quem não assistiu ou não se lembra da Franquia Rocky, rever os filmes. Um clássico é sempre um clássico e, por mais que você tente superá-lo ou recriar em cima, sempre será um clássico.
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