Quando eu penso em São João, automaticamente eu penso em cultura popular nordestina, fé e resistência. É uma tradição cultural e folclórica muito enraizada no meu Nordeste. Como não pensar em Luiz Gonzaga acompanhado da sua inseparável sanfona, no autêntico forró (dois pra lá, dois pra cá), as quermesses paroquianas, as quadrilhas caipiras, a ardente fogueira e as bandeirinhas multicoloridas enfeitando o céu estrelado e ao vento, balançando nas ruas, nas brincadeiras oficiais como acender determinadas bombinhas (chuveirinho, traque, rasga-lata) e fogos de artifícios (CUIDADO, PÓLVORA!!! Com isso não se brinca) e soltar os famigerados balões (outro PERIGO!!!), subir no pau-de-cebo e pular a fogueira, nas comidas típicas do Nordeste (deliciosas e que nos fazem salivar só em imaginar), na paquera através do correio elegante, na barraca do beijo,... enfim, É Forró Bodó!!! Viva São João!!!
Apesar das modernidades, a tradição junina ainda continua presente no Nordeste, no Meu Ceará, principalmente no imaginário coletivo. As festas são aguardadas com muita ansiedade, tanto quanto pela devoção, dos romeiros e dos cristãos mais religiosos, quanto dos foliões, que não abrem mão de brincar e dançar "quadrilha" e participar do Arraiá, seja nas capitais ou nos interiores. É muita cultura popular envolvida. Geralmente, as festas "juninas" começam no final do mês de maio e podem se estender até o princípio de agosto, onde os festejos geram emprego e renda para as famílias e arrecadação de verbas para os municípios nordestinos.
Porém, o São João não é apenas uma festa popular, mas também um momento de contemplação e fé cristã. É uma data comemorativa para celebrar o nascimento do Profeta João Batista, o principal pregador cristão que anunciava ao povo de Jerusalém e das regiões próximas a chegada de Jesus Cristo de Nazaré, a chegada do "cordeiro de Deus", e o batizou nas margens do Rio Jordão. Seu nascimento antecede os seis meses do nascimento de Jesus Cristo, o Natal.
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