sexta-feira, 28 de junho de 2019

Paternidade Consciente e o "Novo Modelo de Pai"








O Dia dos Pais (em agosto) está se aproximando e eu senti a necessidade de colocar os "holofotes" sob a Paternidade Consciente e postar sobre essa temática. Principalmente, quando um casamento chega ao fim e é iniciado o processo de separação, as mulheres (ex-esposas e mães full time) reclamam bastante da ausência e do sumiço dos homens (seus ex-companheiros e pais dos seus filhos) na participação da educação e da vida social dos filhos e no não-cumprimento da responsabilidade em prover às suas necessidades básicas (de sustento) e emocionais, logo elas tendem à cobrar excessantemente deles uma postura paterna mais presente, participativa e responsável - diferente da postura habitual, onde muitos ex-maridos deixam toda e qualquer obrigação quanto aos filhos nas costas das suas ex-esposas e vão reconstruir as suas vidas. Muitas delas, precisam acionar à justiça para resguardar o direito dos filhos o direito à pensão, sobretudo quando se trata de crianças e adolescentes em idade escolar. 

É indiscutível e inquestionável o legítimo direito da cobrança feminina em exigir que os seus ex-companheiros sejam pais presentes e participativos na vida dos seus filhos, afinal de contas, os filhos são de ambos. Mas, porém, todavia, contudo e de fato, será que as mulheres que reclamam da paternidade consciente por parte dos seus ex-maridos/companheiros estão fazendo a sua parte para desconstruir o padrão machista de "pai", o modelo paterno tradicional e machista, e estão educando os seus filhos mais colaborativos nas funções domésticas e familiares e mais "sensíveis" às causas, as necessidades e os direitos da mulher?!!! Quando me refiro à sensíveis não me refiro ao termo depreciativo "viadagem", mas, compreensíveis e conscientes das suas funções como filhos e suas responsabilidades paternas futuras. 

Para cobrar uma paternidade consciente por parte dos então maridos e/ou ex-maridos, é preciso romper com a cultura machista que coloca toda a missão e o fardo de administrar a casa, a família e os filhos por parte da mulher, sem ajuda dos homens porquê eles são provedores e precisam ir trabalhar para cumprir com esse papel social, e conscientizar os homens e educar as futuras gerações para que os homens, casados e/ou separados, possuem as suas responsabilidades junto aos filhos e não tem como abandoná-los ou negligenciá-los.

Logo, que tipo de mulher é você?!!! Que tipo de mulher com quem você se casou?!!! Com uma mulher dona de si, independente, bem resolvida e que tem a consciência de que é importante compartilhar à guarda e a tutela dos filhos em prol do benefícios e da saúde emocional deles à partir de uma convivência saudável e respeitosa; ou aquela mulher dependente emocional e financeiramente que tem medo de enfrentar a vida sozinha e não se sente capaz de cuidar dos filhos sozinhas por sua baixa auto-estima e falta de amor próprio; ou aquela mulher controladora e possessiva que utiliza e manipula os seus filhos para tentar uma reconciliação forçada ou fazer chantagem emocional para não ser abandonada ou promover uma vingança pessoal, porquê o seu orgulho e o seu ego estão feridos, ou prender o seu marido à força e à todo custo junto à ela, com o discurso prosaico, machista e indigno de salvar a "imagem" de família feliz, de comercial de margarina, quando realmente se trata de um casamento de aparências e sem amor e paixão, para atender à pressão social e não ser alvo de críticas e justificativas.     

É preciso lembrar as mulheres que estão enfrentando um processo difícil e doloroso de separação, que ainda estejam em processo de negação, lembrem-se de que melhor do que ter uma marido infeliz, infiel, indiferente à você, forçado e desestimulado em ficar ao seu lado, os filhos precisam crescer dentro de um lar harmonioso e respeitoso, cercado de bons exemplos, vendo os pais se dando bem e se respeitando genuinamente e longe das guerras matrimoniais, para que possam ser adultos bem resolvidos e sanos emocionalmente. Nunca é saudável para os filhos serem criados em ambientes conflituosos e forjado em mentiras e aparências. 

Para que o homem possa viver uma paternidade consciente e satisfatória necessariamente ele não precisa estar preso e atrelado à um casamento falido e de faixada, onde não há mais respeito, carinho e planos e objetivos em comum. Mesmo estando separados, onde o vínculo entre marido e mulher esteja rompido e desgastado, não implica dizer que ele será um pai ausente e irresponsável, porquê, o elo entre pais e filhos são atemporais, mesmo podendo se deparar com alguns conflitos emocionais. 

Agora, o desafio é fazer com que esses homens sejam educados e estimulados à serem bons pais (afetuosos, protetores, presentes e atuantes, orientadores, responsáveis) e possam exercer a paternidade com responsabilidade, independente de estarem juntos e debaixo do mesmo teto com suas esposas ou separados das suas ex-esposas. Como cobrar a postura desse "novo homem", desse novo pai mais sensível, atento e participativo nas funções familiares e no amparo dos filhos que não se limite apenas ao aspecto financeiro, se ainda for alimentado o padrão machista de "pai" e "marido"?!!!   

Portanto, para a construção desse "novo pai", muito mais consciente das suas responsabilidades e espontaneamente participativo, sem brigas, intrigas e agressões e lutas judiciais por guarda e pensão alimentícia, a participação da mulher nesse processo de educação e desconstrução de padrões é essencial. Não basta apenas cobrar a paternidade e participação conscientes dos seus maridos e ex-companheiros, também é preciso fazer a sua parte. Será que vocês, mulheres, tem consciência da sua importante participação nesse processo sócio-educativo em que propõe a estimulação de um novo perfil de pai?!!!    



   

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