TEM QUE METER A COLHER!!!
Desde as últimas eleições (2018), os portões do inferno foram abertos oficialmente, saindo das sombras e dos seus esconderijos e jaulas um grande número de racistas, neonazistas, machistas e agressores de mulheres, homofóbicos, falsos moralistas e conservadores hipócritas, que se intitulam pretensiosamente como "pessoas de bem", intolerantes, ignorantes (não enxergam um palmo diante do nariz, independente da escolaridade e do status sócio-econômico que possuem), preconceituosos em todas as instâncias e versões enfim, todo tipo de gente com comportamentos adjetos e desprezíveis. Não que eles já não andassem entre nós, fazendo e falando bobagens, mas a impressão que me dá é que os maus exemplos que eles defendem e propagam, absurdamente antiquados e no senses, ficaram muitos mais evidentes e preocupantes também.
Se antes eles se continham, agora, na medida em que elegeram representantes políticos que respaldam as suas condutas mais absurdas e o seu discurso de ódio e intolerância, né Sr Presidente?!!!, eles se sentem respaldados em abrir mão de um diálogo pacífico, coerente e politizado para fazer uso da força bruta e da violência, seja armada ou fazendo justiça com as próprias mãos. A violência e a barbárie está de volta e legitimada com o consentimento do novo governo. Você não precisa ordenar ninguém cometer atrocidades quando você se sente representado pelo seu elegido, sobretudo ideologicamente.
Esse preâmbulo serve para contextualizar em qual momento estamos vivenciando. Pós-eleições, os números de violência contra mulher e feminicídios aumentaram ainda mais, o que demonstra que os machistas e covardes, achando-se donos e proprietários das suas esposas, namoradas, amantes e ex-parceiras, sentem-se no direito de puni-las e até ceifarem as suas vidas. Não sou eu que digo, está aí à olhos vistos, o aumento dos casos de feminicídios nos principais veículos de comunicação, seja na Imprensa Escrita e/ou nos Noticiários de TV. O fato é público e notório.
Sem dúvida nenhuma, a partir da liberação do armamento de uso doméstico, os crimes de execução à bala, acidentes domésticos, violência urbana (contra civis) e doméstica (principalmente contra a mulher) e os feminicídios crescerão ainda mais. É uma realidade que não poderá ser ocultada, nem mesmo baseando-se em números maquiados de certos relatórios que o Governo se utiliza para dar as suas justificativas e elaborar as suas estratégias gestoras - para quem é contra à metodologia racional e científica, sabe lá Deus de onde estão saindo tais fontes e estatísticas "oficiais" de onde eles estão se baseando. Credibilidade zero e sou bastante sincero, não dá para confiar - Minha formação científica e acadêmica grita nesse momento, pois eu falo de método investigativo e não ideológico e político-partidário.
Diante de uma tragédia social anunciada, na ausência e no desrespeito de políticas públicas sérias e inclusivas, porquê estão modificando tudo, acabando com tudo (se ainda não, esta é a intenção) e na ausência de sensibilidade e bom senso dos nossos governantes, a sociedade civil terá que se mobilizar, a sua maneira, dando um jeitinho de se organizar (tomara que seja através do amor, da empatia e da generosidade com relação ao outro) e combater comportamentos inapropriados e indesejáveis, por exemplo, antes o que era de foro íntimo, agora vai se transformar de domínio público e coletivo: Para prevenir e intervir em prol das mulheres contra violência doméstica e o abuso psicológico, físico e moral por partes dos seus companheiros, agora, "em briga de marido e mulher TEM QUE METER A COLHER" a fim de respaldá-las em casos de violência. Na falta de consciência e de limites educativos e legais, nós teremos que, infelizmente, partir para a invasão da privacidade em esferas essa intromissão não era permitida. Ou isso ou mais vítimas ao nosso redor.
A que ponto nós estamos chegando?!!!
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