sábado, 25 de maio de 2019

Dia Mundial da Adoção







Hoje é um dia especial para exaltar o gesto mais genuíno de amor: A doação infantil. Aquele momento tão aguardado pelos pais adotivos, quando se trata de uma legítima adoção consciente e não circunstancial (de surpresa ou não planejada), de um ato de generosidade e amor e não apenas de um mero desejo egoísta de exercitar a sua maternidade e paternidade (de auto-realização), muitas vezes vivenciado por um processo burocrático árduo e longo à espera do seu "filho do coração", gerado na angustia da busca do encontro entre os pais adotivos e a(s) sua(s) criança(s) e da espera, em prol de dar afeto, um lar e uma família para tantas crianças órfãs, abandonadas e em situações de risco espalhadas em vários lugares do mundo e aqui não é diferente. 

Quem se dispõe a ter "filhos do coração" sem resistências ou preconceitos ou limitações, submetendo-os à uma longa lista de exigências e expectativas, só demonstra a capacidade de amar desses pais adotivos. Por isso, adotar é uma condição de amor, por excelência!!! Logo, não pode ser considerada como uma brincadeira ou uma vontade irresponsável e passageira, mas, sobretudo, uma ATITUDE CONSCIENTE. Estamos tratando com os sentimentos e o desenvolvimento humano e social de crianças em situações de abandono e rejeição e não como meros brinquedos que podem ser trocados em qualquer instante por um outro qualquer. Adoção é muito mais do que a realização pessoal de quem adota, mas também é um compromisso de responsabilidade e respeito com uma vida que depende de você, apesar de não haver laços consanguíneos, é preciso construir um elo familiar forte, seguro e amoroso.

Por tudo isso, um lindo gesto dessa magnitude como esse, pautado na generosidade, na disponibilidade de entrega, no respeito e no amor incondicional de quem adota, não pode ser manchado ou limitado por causa de nenhum tipo de preconceito egoísta, seja etário (rejeitando a possibilidade da adoção tardia, acolhendo crianças fora da faixa etária desejada - as crianças mais velhas e ingressando na adolescência) e/ou racial (rejeitar as crianças pardas e negras ou de qualquer outra etnia cultural). Quem sujeita e submete as crianças às suas condições e critérios de escolhas, muitas vezes, nada maleáveis e muito restritivas e intolerantes, na verdade não estão pensando nas crianças, mas, em si mesmas, apenas e somente em suas aspirações pessoais. Será que serão bons pais?!!! Pais afetuosos, inclusivos, acolhedores, responsáveis, generosos, ..., enfim, modelos de bons pais e candidatos preparados para enfrentar à responsabilidade que um processo de adoção exige?!!! Adoção é respeito, amor, generosidade, inclusão. Quem escolhe um filho baseado em padrões, demonstra que se trata de uma pessoa limitada, indisponível para amar incondicionalmente.

Uma adoção nunca envolve apenas os desejos de quem adota, mas do adotado também, pois, no fundo, essas crianças e esses adolescentes só querem ser acolhidos, respeitados e amados por uma família que os aceitem como eles são, salvando-os do abandono, do estado de rejeição e das situações de riscos em que se encontram. Adotar é muito mais e vai além do que uma mera escolha aleatória e satisfação pessoal, mas, é sobretudo um elo de amor e união entre pais e filhos, um encontro de almas. É uma família forjada no afeto, no respeito e na aceitação.

Parabéns, à todos os "pais do coração" e seus "filhos de coração" que experimentam esse exercício diário de construir um família adotiva e afetuosa. Tomara que muitos casais sejam conscientes e encontrem na adoção uma maneira viável e satisfatória para exercitarem à paternidade (geneticamente inviável, circunstancialmente adiada e tardia) e tenham essa disponibilidade total de entrega e amor.
  



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