terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sessão XXVI: O Reinado de 1 reizinho só



Bem, eu confesso, apesar de estar tendo ultimamente, uma leve preguiça para ir à terapia todas as terças (acordar cedo, ninguém merece!!!), eu sei que é um investimento em mim mesmo e, sobretudo, é um bem emocional necessário. Então, lá fui eu andando e pensando qual seria o tema da próxima análise.

Continuando da reflexão-final da última semana, eu pensei o porquê dos relacionamentos à distância e virtuais me causavam uma certa "magia e fascínio": "Nada mais, nada menos, do que uma mera possibilidade afetiva, para suprir a ausência de tais possibilidades na minha vida real. Além disso, adicionado o fator sorte, já que não aparecia ninguém interessante no momento". No mais, já me convenci que a metodologia desse tipo de relacionamento é muito estressante e cansativa, não me representando mais (tanto que, eu estou fechado para essa possibilidade, só me interessa REALIDADE), além do que, eu cansei de "glorificar" imagens virtuais - já que nós imprestamos muitas qualidades e funções que só existem na nossa subjetividade, pintando o quadro até melhor, do que ele realmente é. Chega de "idealizações"!!!

Depois discutimos sobre a minha criticidade essencial, algo que faz parte da minha essência, justamente por ter perdido a minha ingenuidade muito cedo, onde muitas fantasias e sonhos foram perdidos e a realidade nua e crua se revelou aos meus olhos. A muito tempo que eu não acredito em super heróis, salvadores da pátria e mundinho "cor-de-rosa". Mas, uma coisa é certa: "Nem 8, sem sonhos e fantasias, e nem 80, vivendo num eterno contos de fadas, pois é necessário o equilíbrio de ambos". Concordo nesse aspecto, onde estão os meus sonhos?!!! As minhas fantasias?!!! Talvez, dentro de mim, mas, quando eu as externalizo para o mundo real, o mundo real me demonstra o quanto são frágeis, sendo engolidos pela dura e cruel realidade. Coisas da vida!!!

- "Mas, na minha contabilidade, eu ainda prefiro andar com os 2 pés no chão e me privar de redescobrir descepções que eu já conheço e antever o sofrimento, pois, é fato, ele é opcional. Cada um é cada um, cada um sofre do jeito como quer - dá destruição ao fortalecimento, naturalmente que eu prefiro o segundo caso."


Agora, a grande questão da sessão, foi se deparar com a possibilidade que eu esteja governando o meu reino de forma solitária, porque, talvez e bem provável, que eu esteja buscando uma persona que tenha as mesmas características do que: "Uma personalidade atrevida, desafiadora e contestadora; atitudes firmes e coerentes (claro, dentro da sua lógica, mas, que possa soar como bom senso); que possa contracenar de igual para igual, porque, personalidades frágeis, submissas e "cordeirinho", não me gera interesse e admiração nenhuma". Possivelmente, a passividade alheia seja o pontapé inicial para eu sempre me rebelar, me desinteressando e fazendo com que eu mine as possibilidades destas comigo.

- "Isso me fez muito sentido, porque se me dão poder e me dão razão, sem me contestar à altura, eu passo mesmo por cima, minando o outro e atropelando como um trator. Na verdade, eu quero e preciso de alguém que me dê limites e me enfrente, aliás, o meu reizinho é mimado e pessoas pouco impositivas não me geram nem respeito e nem admiração."


A teoria de que eu esteja buscando o meu próprio espelho, torna-se cada vez mais apropriada e compreensível. E, por isso, eu esteja governando de maneira solitária e me rebelando a todo momento, seja no começo (detectando a passividade alheia em pensamentos e ações), no meio (me cansando do desenrolar da situação, pois as contatações sempre são as mesmas) e no final (quando eu chuto o balde mesmo, pelo ápice da minha insatisfação).

- "Realmente, eu sou complexo demais para a sua compreensão e, até para a minha mesmo."

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"As lágrimas não reparam os erros!!!"

The Verve - Bitter Sweet Symphony (with lyrics)

♫ Pitty - Na sua estante

"Eu não ficaria bem na sua estante..."