Pandora, a filha primogênita de Zeus

Na mitologia grega, sabe-se que Pandora, "aquela que possui todos os dons", foi a primeira mulher criada por Zeus, rei dos deuses e dono do céu e do trovão, representando-a como a sua primeira filha. Todavia, reza a lenda, que era foi criada para punir todos os homens pela ousadia de Prometeus (titã grego que criou os homens e seu irmão Epimeteu) em ter roubado o segredo do fogo.

Ao completar 9 anos, Pandora ganhou de seu pai um colar (o colar de Prometeus), onde ela guardou esse presente numa caixa onde havia as lembranças que ela havia recebido do seu primeiro namorado Narciso, o mais belo e orgulhoso dos heróis que se apaixonou por sua irmã gêmea, idêntica a sua imagem que ele autovenerava. Mas, ao guardá-lo dentro da caixa, o colar se autodestruiu, pois nessa caixa não poderia ser guardado bens materiais, apenas sentimentos. Por se tratar de uma caixa mágica, Pandora, não conseguia se desfazer dela e, consequentemente, sentia-se triste por ter perdido o colar dado pelo seu pai, já que havia uma grande estima pelo presente dado. Aos 36 anos, Pandora se suicida, não conseguindo viver com essa maldição.

Simbolicamente, a sua caixa é cercada de grandes mistérios, e, para quem tenha a coragem e a ousadia de abrí-la, poderá se deparar com uma surpresa terrível que pode trazer consequências indesejadas, fugindo do seu autocontrole. Ainda na mitologia grega, Pandora foi enviada por Zeus para Epimeteu, o irmão de Prometeu, como um presente. Mesmo sendo advertido pelo seu irmão como é perigoso aceitar os presentes de Zeus, ele ignorou essa advertência e se casou com ela.

Incaltamente, Epimeteu abriu a "caixa de Pandora", libertando todos os males que iriam influenciar a humanidade a partir dali: "o trabalho, a doença, a loucura, a mentira e a paixão". Porém, no fundo da caixa havia a esperança, "a espera de alguma coisa ou acontecimento", o símbolo da credulidade e da ingenuidade.

Para Hesíodo, um poeta grego, "sem a mulher, a vida do homem não é viável, e com ela, mais segura", como também, Pandora é a personificação do "mal belo".