Sessão XXV: Virtual vs Real

Hoje na minha terapia, nós discutimos essa contradição afetiva que eu estou vivendo ultimamente: "As minhas paqueras virtuais sempre são mais interessantes do que as minhas reais, considerando dois aspectos fundamentais, primeiro, eu não quero mais relacionamentos abstratos, eu cheguei no meu limite, e, segundo, eu estou me desinteressando muito rápido pelas minhas paquerinhas reais, da noite para o dia, a minha empolgação vai embora". Mas, o que está provocando o meu desinteresse pelas pessoas?!!!

Então, se eu for fazer o seguinte exercício proposto de fotografar todos os meus últimos relacionamentos e buscar uma causa comum entre todos eles, com certeza, a causa do término foi diferenciada, mas, a questão dos interesse foi oscilante, vamos ver?!!!

• Julho 2007 a Outubro de 2007: A causa do término foi originada devido à imaturidade de ambos os lados por causa de fatores externos que atrapalharam o nosso sentimento, quanto a questão do interesse: Foi o divisor de águas da minha vida a.R. e d. R.;

• Dezembro 2007 a Março de 2008: A causa do término foi originada por falta de química, pelo menos da minha parte, quanto a questão do interesse: Ausência total;

• Maio de 2008 a Junho de 2008: A causa do término foi que a criatura era casada, quanto a questão do interesse: Havia sim, mas, diante da indisponibilidade, eu caí fora, chave de cadeia;

• Novembro de 2008 a Dezembro de 2008: Houveram três possibilidades concretas, mas, eu apliquei a lei da substituição:

1. Caso I: O término foi dado, porque a pessoa em questão era muito "estrelinha" e eu não tenho paciência para isso, quanto ao interesse, houve apenas um interesse inicial, só ficamos durante 1 semana;
2. Caso II: O término foi dado, porque faltava química da minha parte e eu ia voltar para Fortaleza e não sabia se eu iria voltar, quanto ao interesse, não consegui me interessar, até tentei por 2 semanas, mas, não deu;
3. Caso III: O término foi dado, por dois motivos em especial, a distância e a cretinice alheia, quanto ao interesse, foi alguém que mecheu comigo, tanto que ficamos um pouco mais de 1 mês;

• Janeiro de 2009 a Abril de 2009: Três namoros virtuais, um engatilhado no outro, onde os terminos dados foram motivados pela distância e, quanto a questão do interesse, me interessei também, mas cada um com a sua peculiaridade.

Enfim, de abril pra cá, eu decidi que em se tratando de relacionamentos abstratos eu não quero mais, como vocês já sabem e isso já foi retratado em posts anteriores, e todas as possibilidades de ingressar numa relação aqui em Fortaleza, não foram para frente porque eu não consegui me interessar verdadeiramente - as pessoas em questão não conseguiram me surpreender ou provocar em mim sensações mais fortes.

Pensando objetivamente, numa linha bem junguiana, a questão do meu interesse está voltado para quanto mais o relacionamento me leva a crer que é impossível, mais instigante e estimulante parece ser, e o meu desinteresse em relação as pessoas pode ser algumas hipóteses: Talvez, eu esteja procurando nelas eu mesmo ou eu não encontrei alguém que conseguisse mexer comigo e me causar admiração.

Quanto as imagens virtuais, elas só me causam impactos, porque eu atribuo subjetividades a elas que eu gostaria de encontrar em alguém, porque, na distância, eu não tenho suficientes dados de realidade para verificar se a minha hipótese lançada à pessoa é realmente parecida com a leitura interpretativa que eu faço a distância.

O que pode estar acontecendo é que eu esteja projetando qualidades que eu quero encontrar em alguém (no real), mas que esteja no virtual, mas, com a emergência das relações , o desespero das pessoas em encontrar a sua "tábua de salvação" e a ausência de tempo para criar uma subjetividade consistente numa relação, eu não encontou encontrando no real, porque eu estou me desinteressando rapidamente.