Será que eu joguei "palavras ao vento"?!!!

Nesta semana, acusaram-me de jogar "palavras ao vento"... E, com certeza, eu parei para analisar sobre essa missiva. É claro que, em algum momento, eu possa ter jogado-as sim, dependendo de como elas foram ditas (quais foram as intenções que estavam nas suas entrelinhas?!!!), recebidas e interpretadas por quem as escutou e o contexto que elas representaram (a verdade aplicada ao momento).

Parei, pensei e me tranquilizei, porque eu tenho a plena consciência de que a minha postura foi reta, uma vez que eu não agi de má fé com ninguém: "Eu disse exatamente o que precisava ser dito, da foma como eu pensava, não traindo os meus príncipios, sentimentos e impulsos; eu encerrei histórias paralelas que precisavam ser encerradas, porque perderam qualquer razão de ser, sem precisar fazer falsas promessas e nem alimentar esperanças, porque eu me sinto comprometido com o que eu sinto, enfim, eu não ludibriei ninguém".

Agora, o uso das palavras tem que ser feito com muito cuidado, tanto para quem diz como para quem escuta, e interpretá-las da mesma forma. Quer saber porque?!!! Eu digo.

Em alguns momentos, as "palavras de efeito" quando são ditas de maneira espontânea, sem nenhuma intenção estrategista ou maldosa, tem a intenção de coroar a sensação, a importância e a euforia de uma verdade que é expressada naquele momento. Algumas palavras que por mais verdadeiras possam ser, elas só podem expressar aquele dado momento. Assim como os sentimentos mudam, a veracidade das palavras também mudam, porque o tempo transforma tudo: "Verdades, fatos, situações, pessoas, sentimentos, intenções, ..., tudo o que você quiser".

- "Existem verdades que são absolutas, outras são momentâneas. Mas, isso não quer dizer, que as verdades momentâneas são falsas, mas, o tempo de duração delas são restritas. Só são falsas quando não são mais aplicáveis ou se nunca expressaram a verdade que deveriam expressar."

Comumente, quando estamos magoados, a tendência é esquecer disso e considerar que tudo o que foi dito e demonstrado no presente dito não passou de uma mentira e de um marketing ilusório de conquista e sedução. Não dá para se generalizar tudo. Até mesmo por puro masoquismo da nossa parte, procuramos eternizar tudo o que foi dito, como forma de potencilizar o carinho dado - Isso sim, é uma faca de dois gumes, podendo nos cortar na própria carne. É preciso aprender que não dá para levar tudo ao pé da letra, não porque seja nexcessariamente uma mentira, mas, talvez ela não se aplique da forma eterna (futura) como queremos crer.

Mas, no fundo, bem no fundo, a gente consegui diferenciar o jóio do trigo e perceber quem realmente foi sincero conosco. Não são apenas as palavras que devem ser levadas em conta, mas, as atitudes que as fortalecem. Existe um contexto muito maior, que nem sempre é considerado. Ah, não podemos deixar de considerar o contexto e as explicações que a outra parte nos tem a dar - Mesmo podendo não ser aceitos ou compreendidos, eu sempre tenho os meus porquês e nunca me nego em explicá-los, por não ter nada absolutamente nada a esconder.

- "Eu sei que é muito complicado conciliar discurso e prática, mas, eu acho que todo esforço é válido quando se busca construir relações baseadas na sinceridade e na confiança. Porque, pelo menos eu, não gosto de lançar e, muitíssimo menos, receber "palavras ao vento".