O caminho a ser trilhado...

Não basta apenas: QUÍMICA.

Nem tão pouco, AFINIDADES.

Nem somente BOAS INTENÇÕES.

Mas, o CONJUNTO destes ingredientes com uma boa dose compartilhada de EMPENHO, ENTROSAMENTO e SENTIMENTOS.

Talvez, essa fórmula seja a mais apropriada para se construir uma relação à dois sólida e duradoura, desde que: "Aperfeiçoada conforme o TEMPO, a MATURIDADE SUBJETIVA do casal e a superação da ação dos conflitos em seu cotidiano afetivo através de muito DIÁLOGO, CONFIANÇA e PACIÊNCIA".

Embora, eu não acredite em fórmulas prontas e nem que o amor é um cálculo matemático, se realizado racionalmente dará um resultado exato, quando se assume uma conduta reta e comprometida para que um relacionamento dê certo, contanto que, ambos caminhem na mesma direção, focando o mesmo objetivo, existem grandes chances de se contruir um legado em comum. Naturalmente, que no meio do caminho surgiram entraves, imprevistos, atalhos, miragens, tentações, ilusões e testes, tudo o que há de ariscado e proibido, para que o casal se distancie gradativamente um do outro e se perca no meio do caminho. Mas, se a parceria existe, tudo pode ser superado em conjunto e de comum acordo - relacionamento algum é salvo, se ambos não agem em prol disso, caso contrário, apenas esforços isolados (geralmente, apenas de um lado só - o mais dedicado, abnegado, sofrido e desesperado) serão desperdiçados. Até as aprovações e os infortúnios são necessários para testar a força do casal.

Existe quem acha que o tesão ou desejo carnal entre dois corpos é o elemento principal de uma relação, esquecendo que com o tempo e a rotina, mais cedo ou mais tarde, o desgaste da relação e o adormecer da paixão acabam por chegar e o fogo tende a abaixar e, para alguns, morrer. Ou, também há quem acha que ter gostos afins e pontos em comum trazem uma grande margem de conforto, porém, o que há de ser feito para equilibrar as diferenças existentes que se revelam no meio do caminho e fazem de cada um de nós seres interessantes (ou não), complexos (ou não) e individuais?!!! Ou, então, há quem justifica os seus atos e sentimentos através de boas intenções, esquecendo-se que: "De boas intenções o inferno está cheio!!!"

- "Lidar com a nossa subjetividade (sensações, impressões, lacunas, expectativas, anceios, elaborações e sentimentos) não é tão simplório assim. Imaginem o quão complexo é ajustar a nossa sujetividade a uma outra, tão complexa a nossa, e, mesmo assim, conseguir a caminhada juntos, mesmo aos trancos e barrancos."

Isso só é possível, porque existe uma energia superior (seja destino, seja sorte, seja encontro de almas) aliada a sabedoria de duas pessoas que se amam e constroem juntas cada alicerce e compartimento desse amor, tanto objetiva quanto subjetivamente. Essa tal sabedoria é expressa na vontade e na perseverança de quem (de preferência ambos) quer que a relação funcione e prospere aliada a compreensão e a generosidade de reconhecer que, em alguns momentos (sobretudo os críticos e cruciais), ambos precisam ceder para resolver e evitar conflitos, deixando o orgulho de lado (orgulho em demasia nunca salvou relação) e respeitar as peculiaridades, as vontades e o espaço de cada um.

- "Individualidade existe. E, por isso mesmo, deve ser respeita. Porém, não confundida com egoismo."

Nenhuma relação sólida, duradoura e satisfatória é construída sem o tempo e a paciência necessária para justificá-la, por mais complexa ela possa ser. O sucesso dela está nas mãos de quem a constrói, acredita, se esforça e investe, dando o seu sangue, suor e lágrimas, seus sorrisos, sua compreensão e suas atitudes. O caminho certo é aquele que é trilhado a dois.

- "Trata-se de um exercício árduo e diário, porém recompensador, quando um legado é construido."