O que dizer mediante à ausência de respostas, à ausência de sinais?!!!
Existem alguns momentos, algumas etapas em nossas vidas, que não foram totalmente superadas e permaneceram ali, silenciosamente, até o dia que percebemos que elas ainda continuam presentes, vibrantes e inquietantes dentro de nós. Por mais que queiramos seguir em frente, fazendo vista grossa ou se fazendo de doido, existe uma corrente afetiva que nos prende ao passado, à saudade daquilo que foi bom (e, talvez, poderia ser melhor se fosse retomado, sendo feito de uma outra forma diferenciada) e continua sendo um objeto de desejo, até certo ponto, por mera teimosia ou orgulho ferido ou, cabalmente, porque ainda existe sentimento. E quando você percebe essa lacuna em você, ou você tenta preenchê-la de outras formas ou faz a última tentativa de resgatar a peça que faltava nesse encaixe “quase-perfeito”.
- “E, mais uma vez, eu tentei fazer esse resgate, corajosa e sutilmente, sem grandes exposições e humilhações. Mas, após os “15 min” de insanidade afetiva e extrema carência, o meu bom senso e a minha auto-estima gritaram: “Agora, chega!!! Você já fez tudo o que poderia ser feito para tentar, pelo menos, um diálogo amigável, sem ser alvo da degradação afetiva e da relação de poder, implícitos num relacionamento afetivo rompido”. É hora de recolher o seu time de campo e seguir sem olhar para trás, com a sensação de dever cumprido e dignidade preservada.”
E mediante a ausência de resposta, a ausência de sinais, que simboliza a morte do último suspiro de respeito e carinho da outra parte por você, é chegada à hora de deixar no passado o que precisa ficar no passado. Não é querendo ressuscitar o sonho perdido e continuar de onde se parou que você será mais feliz. Pelo o que foi demonstrado, a falta de demonstração em questão, insistir nisso e continuar marcando passo no passado, isso é, no mínimo, ultrajante, sem querer reforçar a ausência de inteligência emocional para reconhecer que ACABOU.
- “De fato, os nossos caminhos continuaram dentro daquilo que nos propomos conquistar, tomando formas e sentidos diferentes, deixando a par o que foi vivido. O que tinha razão de ser, não mais tem. E agora?!!! Paciência. É hora de faxinar e tranqüilizar o músculo pulsante, chamado coração.”
De fato, nesse momento, a ausência de sinais, por si só é a resposta que eu precisava para seguir em frente e não me prender mais aos “ses” que povoavam um coração carente, equivocado e iludido e, nem me deixar influenciar, pelo momento de carência afetiva que me deixou confuso por alguns dias, ao ponto de, eu estar errado em acreditar que era possível agarrar essa cansada utopia com unhas e dentes e considerar a hipótese de resgatar o irresgatável – pelo fato da persona em questão, ainda ser o meu último referencial afetivo.
- “Mais uma vez a realidade soprou a verdade no meu rosto, me fazendo acordar e aterrissar, mantendo os dois pés no chão novamente. E, nesse momento, é que as palavras dos meus amigos ecoam com força e amplidão: “Essa pessoa não te merece!!!”; reforçando que vocês estavam certos e que eu estava perdido ao meio dessa recaída ingênua e sem sentido.”
Como a vida é assim mesmo, feita de dilemas e reflexões, nada como você fazer um raio x na própria alma, para detectar aonde a fraqueza reside e aonde precisamos de uma atenção especial. Como o meu coração irá reagir daqui pra frente, eu não sei, mas, que eu estou aberto para ser conquistado, isso eu estou – mas, se vão conseguir balançar as minhas estruturas e ocupar o meu coração, aí são outros 500. Mas, para trilhar, o “caminho das pedras”, torna-se indubitavelmente ATITUDE e BOM SENSO, além do CHARME, INTELIGÊNCIA e BOM HUMOR que eu não abro mão de maneira nenhuma.
-“Quem se habilita?!!! É uma baita prova de fogo... Cuidado para não se queimar!!!” rs...
Há, eu não posso deixar de te lembrar quando você vier me procurar, se caso você vier: “Como o mundo dá muitas voltas e eu sei que você ainda vai me procurar, não fugindo à regra e às experiências anteriores, com certeza, qualquer chance futura pedida por você, será devidamente recusada”. Mas, por quais cargas d’águas, dessa vez, abri a guarda para a minha carência, dando-te mais uma chance, mais uma vez desperdiçada por você, eu não sei. Ainda mais eu não sendo adepto ao “flash back”.
- “Enfim, o fato é que eu acordei e percebi o quanto eu cansei disso tudo, contudo, sem grilos, mesmo precisando checar o que eu sentia, essa viagem afetiva foi necessária para buscar a minha redenção e ter a plena noção de que a página já foi virada a partir da sua ausência de respostas, ausência de sinais.”
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