quinta-feira, 17 de abril de 2008

Pagando todos os meus pecados e mais algum...


Ser implacável tem o seu preço a pagar e, com certeza, estou pagando todos os meus.


$ Pago, com a solidão, por não me sujeitar às determinadas situações e sujeições num relacionamento afetivo – Submissão é demais para a minha cabeça;

$ Pago, com a carência, por não aceitar determinadas regras do jogo – Xô, degradação!!! Vá para bem longe de mim;

$ Pago, com a timidez, porque em momentos cruciais eu acabo ponderando demais e me retraio – Complexos, meus complexos;

$ Pago, com o dinheiro, para transformar os meus sonhos materiais em realidade e conquistar a minha paz de espírito – Tem certas economias que não amenizam o stress;

$ Pago, com a ansiedade, por não ter enfrentado a fila da calma e da paciência umas 1000 vezes – E não é diferente, quando o bom senso tira umas férias, eu meto os pés pelas mãos;

$ Pago, com a irritação, quando a minha tolerância e a minha cota de felicidade está no vermelho – Tem determinadas cenas e comentários que é de “matar o guarda”;

$ Pago, com a perplexidade, quando a gente tenta agir da melhor forma possível e não surte o efeito desejado – Arre éguaaaaaaaaaaaaaaaaa mesmo;

$ Pago, com a língua, quando me coloco acima do bem e do mal – Menos Dan, bem menos;

$ Pago, com poucas lágrimas, quando estou com muitas saudades e quando algo me toca profundamente, na alma – Momentos raros, mas, intensos;

$ Pago, pelo excesso de confiança, quando o meu ego está em cima das nuvens – Mas, isso não é de todo mal;

$ Pago, com o desestímulo, quando eu estou realmente cansado – Mas, não posso esmorecer;

$ Pago, com raras recaídas, quando a solidão, o carência e as saudades batem na minha porta – Porém, quando a realidade bate na minha cara, eu volto à dura, mas, necessária, realidade;

$ Pago, com a ingenuidade, em momentos que eu esqueço que sonhar demais gera ônus – Embora nunca seja tarde para sonhar;

$ Pago, com a indiferença, quando traem a minha confiança e decepcionam a minha boa fé – Pois, a melhor forma de evitar pessoas oportunistas, medíocres e ordinárias ao seu lado é sendo indiferente e com muita picardia;

$ Pago, com o amor, quando eu encontrar a cobrança que faça valer a pena – Deixo bem claro, sem relações de troca e obrigações, apenas por reciprocidade;

$ Pago, com a fé, quando o caminho está árduo demais – já passei por estradas bem piores lá de aonde eu vim;

$ Pago com o desejo, quando as minhas mãos não querem alcançar – Mas, se serve de consolo, nem tudo depende da nossa vontade e nem sempre a estrela mais brilhante está no alcance das nossas mãos;

$ Pago, com o sorriso, quando meu lado infantil e bobão está no “playground” – No momento, ele está fazendo o dever de casa;

$ Pago, com a vida, todos os dias – não existe um dia que a gente não precisa se doar e pagar as nossas próprias contas com a vida, com o outro e com nós mesmos.


Mas, em especial, neste final de semana, eu pensei se realmente vale a pena me enganar querendo voltar ao passado, entrando na máquina do tempo da insensatez. Percebi que não. O que aconteceu, não tem mais como ser modificado, até mesmo porque, os caminhos não se encontraram mais. E também, até que ponto seria o que realmente me faria feliz. Se a resposta é dada por palavras monossilábicas, opacas e sem verdade, desculpe-me, mas esse pagamento eu não quero – mesmo se merecer, eu passo a diante.


- “Conscientemente, agora, não me interessa mais resgatar a dívida passada... O pagamento já foi indeferido e não seria justo entrar nessa fila novamente, já que o bem maior, que eu busco e preciso pra mim, você não é capaz de me dar... Falsas ilusões, ações indiferentes e ego ferido não vão resolver a minha questão e, muito menos, te trará para perto de mim, então, “haste la vista baby”!!! De preferência esteja bem longe de mim...”


Simplesmente, liberto-me desse compromisso...

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"As lágrimas não reparam os erros!!!"

The Verve - Bitter Sweet Symphony (with lyrics)

♫ Pitty - Na sua estante

"Eu não ficaria bem na sua estante..."