segunda-feira, 20 de julho de 2020

Em busca da coerência em mim (e ao meu redor)





Não sou perfeito, nem tenho a menor pretensão e ilusão em sê-lo, até porquê, pelo menos, eu tento manter-me evoluindo a partir de uma coerência lógica e emocional, buscando conciliar o meu discurso com a minha prática. Na maior parte das vezes consigo, outras vezes tomado pela ansiedade, impaciência, momentos de cólera e impulsividade não consigo, mas, manter-se pleno e coeso é um exercício diário.

A regra é clara e chega a ser tão simples que é de domínio público e reside no imaginário popular de todos nós, se não, deveria como sinal de educação, respeito e empatia ao próximo: Não faça com os outros o que você não gostaria que fizessem com você. Foi uma das primeiras lições que eu aprendi na vida, graça aos meus pais.

Quem não procede dessa maneira deve fazer parte desse grupo mesquinho e grotesco de pessoas:

1) Os pais delas falharam miseravelmente em suas educações;

2) No mínimo, elas tem um caráter duvidoso e uma índole má;

3) São tão egoístas e apáticos que não agem assim, porquê simplesmente não querem agir.


Logo, se eu não gosto que ninguém invada e devasse a minha intimidade e, muito menos, se meta na dinâmica dos meus relacionamentos, nada mais justo do que eu não faça também. Uma coisa, é você dar a sua opinião diante de uma circunstância apresentada, de domínio público e aberta à discussão, outra, bem diferente, é você usar o erro e a falha alheia, de maneira oportunista, tóxica e cruel para atacar a moral e a reputação de alguém que você não gosta e tem restrições.

Todavia, também compreendo que é difícil manter-se isento e imparcial diante de uma crítica-reflexiva quando se é tomado pela paixão, pelo ímpeto da cólera e do ranço, porém, esse tipo de postura, além de ser um equívoco ético e moral, mata qualquer intenção de fazer uma crítica construtiva ou não ser tendencioso ao dar à notícia e expressar a sua opinião.

O que não falta nesse mundo pós-moderno, cibernético e virtual é uma legião de haters, donos da verdade e juízes da moral e dos bons costumes, a partir de uma seletividade hipócrita e sem desqualificativos que não reproduzam um verdadeiro estágio de asco.

A santidade nunca foi o meu forte, mas, não saio pela vida abraçando o caos e a contradição (embora também estejam em nós e ao nosso redor) de maneira aleatória e gratuita, com a intenção de provocar danos e destruição da vida de segundos, terceiros, quartos, de quinta, ..., ou quem quer que seja, e, muito menos, festejando à ignorância, o preconceito, o incoerente e a leviandade através de um comportamento dúbio, oportunista, inapropriado e desnecessário.

Longe de mim sentir-me e agir assim, essencial e emocionalmente me faria muito mal, uma vez que eu não compactuo com injustiça (em quaisquer formas ela venha se manifestar), mentiras ou verdades às meias e nem o escárnio público. Apedrejamento social e virtual não me representa, por dois aspectos, levantes de "unanimidade" e rejeição coletiva são "burros" e "precipitados" e eu não sou adepto à cultura tóxica do ódio e inútil do cancelamento. Busco não alimentar esses movimentos degradantes dentro de mim.

Deixem-me exercitar à prática da coerência, do autoconhecimento e do distanciamento emocional para quem e o quê me causam mal e despertam em mim sentimentos ruins e desconforto emocional.   

Nenhum comentário:


"As lágrimas não reparam os erros!!!"

The Verve - Bitter Sweet Symphony (with lyrics)

♫ Pitty - Na sua estante

"Eu não ficaria bem na sua estante..."