Ninguém, absolutamente ninguém, deveria estar obrigado à estar num relacionamento afetivo aonde não quer estar, caso ao contrário, o que deveria ser livre escolha torna-se um obrigação. O que deveria ser um laço, transforma-se em correntes. O que deveria ser um lar, transforma-se uma gaiola. Logo, para você não se deixar aprisionar, nem estar sob um regime asfixiante e claustrofóbico de um relacionamento tóxico e abusivo, você precisa ter duas condições essenciais:
I) Ser emocionalmente equilibrado(a) e seguro(a) de si, ou pelo menos o suficiente e o necessário para você não se descaracterizar, abrindo mão de si mesmo(a) e dos seus sonhos e objetivos, e entrar num processo degradante de dependência afetiva de outra pessoa, do tipo "eu não sou ninguém sem você" - Opa, será que não?!!! Se você estiver nesse estágio, preocupe-se!!!. Não se trata de você se tornar uma pessoa independente e auto-suficiente ao ponto de se tornar uma pessoa apática, seca e indiferente aos sentimentos do seu par, mas ser uma pessoa confiante para compartilhar a sua vida, sem se restringir à ser um mero objeto sexual ou uma coisa ou algo do tipo;
II) Ser independente economicamente para bastar-se como indivíduo e não se submeter ao poderio financeiro do outro. Não basta apenas ter vontade, é preciso ter condiçõe$.
Na verdade, ambas condições retratadas antes, dizem muito da liberdade de ser, de estar, de escolher e de sentir sobre você ou o que quer que seja ou aonde quer que você esteja. O princípio básico da liberdade defende o seu direito e livre acesso de ir e vir. De outro modo, você será um prisioneiro de si mesmo e um encarcerado do outro, apático e inerte, sem brilho nos olhos e um dependente emocional e financeiramente do(a) seu(ua) carcereiro(a).
Se você é dono(a) de si mesmo, você não tem porquê se submeter e/ou deixar se escravizar por nada e ninguém. Esteja com quem você quer estar e te faz bem e não porquê você precisa estar - há um abismo que separa e diferencia essas duas circunstâncias. Assim, apenas quem é livre e autônomo é capaz de compreender que o amor é uma liberdade espontânea e não uma prisão. É o livre comprometimento e não a frustrante e castradora obrigação. O que te ata à alguém é o sentimento até o dia em que esse elo deixa de existir.
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