Eu preciso fazer essa autoreflexão: “Será que eu estou indo com sede demais ao pote?!!!”
Nesse último ano, eu fui guiado pela intensidade dos meus dias e das minhas emoções, não apenas na minha vida pessoal, mas, em todas as áreas, tendo que fazer opções e obter resultados. É fato, eu estava (como ainda estou) ligado aos 220 volts. Não houve um dia sequer que a adrenalina não pegasse carona com os meus glóbulos vermelhos, navegando no meu rio vermelho tipo A+.
A sede de estar no caminho certo e encontrar um coração que comungue com o meu, de certa forma, me fez arriscar demais, estar disponível de mais para que as coisas pudessem acontecer, não sei se da maneira correta, mas, eu estava ali, sem me acovardar, mesmo o medo estando ali.
- “Sou destemido demais para arriscar e para não me deixar intimidar e ficar inerte e aprisionado pelo grande demônio chamado medo. Fui além muitas vezes, até mesmo passando do limite que não pudesse ser ultrapassado.”
Sentindo o punhal do tempo sobre a minha cabeça, fina, ferina e mortal, a busca de bons resultados acaba por me deixar demasiadamente SEDENTO, INTENSO, AFOITO, ANSIOSO, IMPACIENTE e insanamente DESTEMIDO. O fato é que o meu cronômetro está rodando e pode zerar a qualquer momento.
- “E, antes que ele possa zerar, eu não me sinto no direito de não tentar. É necessário arriscar, abrir mão de qualquer restrição que possa me castrar ou me deixar embalsamado pela covardia que corrói as vísceras daqueles que não tentaram e amarguraram-se em seus arrependimentos.”
Se eu estou agindo da maneira correta ou não, jogando-me de peito aberto em cada oportunidade que aparece, embora possa denotar o auge do desespero ou da ousadia, o fato é que eu estou sendo eu mesmo, sincero, dando a cara para bater e tendo que arcar com as conseqüências dos meus atos e das minhas escolhas.
- “Mediante de tantos erros, será possível que não possa surgir algum acerto?!!!”
O tempo para mim perdeu aquele contexto de lento, de devagar e sempre, porque o tempo me exige respostas hoje, em alguns casos para ontem, e as minhas necessidades mais intrínsecas não querem mais esperar. Talvez fosse mais propício eu colocar o sinto de segurança e andar a 10 km por hora, mas, seria ermo demais, tosco demais, não estaria sendo eu mesmo. Se eu acelerar demais e me jogar de frente ao poste, é um risco, mas, o que é um risco para quem arriscou demais?!!!
- “Eu tenho sede de vida, de mãe, de realização profissional, de extra-conforto, de um grande amor, aquele mesmo que eu nunca experimentei e sinto saudade.”
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