quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Alô?!!!



Ontem à noitinha, “M” me ligou e ficamos conversando e matando as saudades por um tempinho. E eu notei a sua fragilidade, exacerbada pela “panela de pressão” que a sua vida está pautada: perda recente de um ente querido a quase 2 semanas, dos inúmeros processos do escritório que estão sob as suas costas e sua responsabilidade, já que não pode contar com a sua sócia parasita (tudo indica que faz corpo mole), e outros problemas de foro íntimo e familiar que eu prefiro não comentar.

- “Em menos de uma semana que nos conhecemos, eu já estou por dentro dos principais bafões. Acredito que tenha lhe inspirado confiança”


À medida que nós avançamos na nossa relação, claro que mediados pela intensidade dos nossos momentos e contatos, fica evidente para mim que eu precisei tirar do meu armário o meu “Q” de terapeuta e ouvinte para lidar com os conflitos alheios.

- “É meu querido, relacionar-se também é entrar em contato, se envolver mesmo que distanciado e se preocupar com a dialética do outro. Vamos dividir alegrias, mas, também tristezas.”


Mas, não posso negar que isso me remeteu aquele namoro de outrora (2001 - 2004), que eu não gosto nem de lembrar, por todo o stress que me causou profundos dissabores, pois naquela ocasião eu era o adulto e o pilar da relação. Será que eu vou ter que virar mais uma vez um terapeuta?!!!

- “Acredito que sim. Mas, eu não queria ter que usar nem camisa de força e nem tratamento de choque. Porém, todavia, contudo, se precisar é o jeito usar, mas, ainda bem que “M” faz terapia.”


Falando em terapia, não é que eu já virei tema da terapia alheia?!!! Pasmem, já virei sim. Rs...

- “Não me incomoda em compartilhar angustias, tristezas, problemas e conflitos, até porque eu gosto do drama psicológico, mas, eu fico profundamente irritando é quando as pessoas sabem da resposta dos seus problemas, sabem quais as atitudes devem ser tomadas, mas, por inércia, por receio de quebrar os ovos, se negam a tomar uma atitude enérgica. Eu não gosto de gente lerda e apática não, de forma alguma.”


Mas, eu tento dar um apoio como posso, mesmo que eu tenha que abalar as estruturas dos outros com palavras fortes, questionadores e sinceras. É claro que todos nós caímos e titubeamos em nossos momentos de fragilidade, mas, a força reside dentro de nós e deve ser usada, sim, até mesmo para não ficarmos a mercê do medo e do sofrimento.

- “Sinceramente, eu não queria repetir padrões...”

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"As lágrimas não reparam os erros!!!"

The Verve - Bitter Sweet Symphony (with lyrics)

♫ Pitty - Na sua estante

"Eu não ficaria bem na sua estante..."