O que nos faz aproximarmos afetivamente do outro?!!! Sem dúvidas, as afinidades que nós temos em comum ou julgamos tê-las por um breve ou eterno encantamento.
Agora, o nosso aparelho psíquico elege características de identificação, podendo ser de aproximação e/ou de rejeição. Isso ocorre como se ao olharmos para o outro, nós estivéssemos em frente de um espelho que refletisse os aspectos de caráter, conduta e preferências de natureza complementar ou reversa, nos dando a capacidade para identificar características nossas nas ações nos outros, sejam elas positivas (boas) ou negativas (ruins).
Tal mecanismo de identificação, muitas vezes, opera ao nível do inconsciente, sobretudo na esfera dos conflitos. Quantas vezes você já não se observou admirando a qualidade ou concordando com a ação alheia através da empatia, da simpatia e da mais completa afinidade?!!! Ou repudiando uma atitude absurda ou não elogiando ou não se deixando seduzir por uma ação por não se sentir representado por ela?!!!
Isso ocorre porque o seu sistema de valores e a sua subjetividade identifica tudo aquilo que você acredita e simpatiza. Quando você identifica algumas características afins ou projeta aquelas que você gostaria de ter nos outros, há uma projeção positiva, dando a sensação de pertencimento, de agrupamento, de familiaridade.
Já o contrário, implica que você rejeita atos e questões que você não compactua ou procura exaltar no outro as imperfeições dele, como forma de identificar no outro os seus próprios defeitos, principalmente, aqueles que você busca ocultar. Trata-se de uma projeção negativa. E diariamente vamos identificando e projetando aspectos positivos e negativos, cujos os quais nos aproximam ou nos distanciam das pessoas, seja na área familiar, afetiva e profissional.
Enfim, a seleção ocorre de forma natural. E projetar é algo enraizado na nossa vida objetiva e subjetiva, porque cada um de nós buscamos os nossos pares, muitas vezes, sendo prisioneiros das nossas próprias projeções.
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