- “Táh, meu bem!!! Quando eu digo, ninguém acredita, mas, eles estão na moda.”
Era uma vez, praticamente há 14 anos, no auge dos seus 131 kls, um “gorduxito” alegre e cheio de sonhos se sentia fora dos padrões de beleza – aquele padrão cruel que segue a risca a ditadura da magreza; e desprestigiado pelo desejo alheio. E resolveu emagrecer, perdendo inicialmente 80 kl.
- “O ursinho sucumbiu ao sistema e hibernou durante um longo inverno, 1 ano, passando a perder peso e deixando de pertencer àquela espécie, por julgar que era complicado acasalar e reproduzir por estar bem acima do peso. E nos anos que viriam, ele amargou neuras, restrições alimentares e dietas continuadas para manter-se magro e manter o seu peso.”
A partir dessa transformação radical, agora um “ex-ursinho”, ele passou a ser notado a partir do seu perfil delgado, mas, a alegria e a simpatia que ele possuía (características natas e de sobrevivência dos gorduxitos) haviam sido perdidas. E com o passar do tempo, ele precisou se adaptar do outro lado, agora deparando-se com a cultura do corpão sarado.
- “Mais uma exigência a ser seguida a risca... Mas, como o objetivo desse ursinho era apenas perder peso, até mesmo para deixar a sua saúde em dia, ter um corpo sarado não lhe cresceu os olhos, embora sinta-se cobrado por isso.”
E desde o ano passado, tal “ex-ursinho”, vem descobrindo que os “gorduxitos” estão na moda e como. A categoria “bear” já conseguiu conquistar o seu lugar no mundo, assumindo os seus quilinhos a mais e criando um universo totalmente seu, sobretudo com o apoio da internet. Hoje, eles possuem sites, comunidades do Orkut, revistas específicas, temas de filmes, de programas televisivos e documentários, bares, locais de “azaração” e festas temáticas para esse grupo – tudo para exaltar e festejar o modo ursinho de ser.
- “Talvez, se o movimento “bear” estivesse na moda, há 14 anos atrás, aquele ursinho complexado tivesse melhor consigo mesmo e não cedesse ao sistema.”
O fato que eu venho observando que tanto os gordinhos como as gordinhas estão mais conscientes com o seu perfil estético e conseguem assumir a sua sensualidade, mesmo tendo alguns quilinhos a mais, e ter relacionamentos afetivos estáveis. Eu não posso negar, eles estão com tudo mesmo e não existe no mundo um abraço mais gostoso e confortante do que um abraço “bear”.
- “Tal fábula, não é mera coincidência, retrata muito do ursinho que eu fui um dia. Mas, lá fundo do meu peito, em minha psique, aquele ursinho continua vivo, hibernando... Talvez, seja por isso que eu sinto tanta fome (rs...) e me simpatize com a causa “bear” de ser. Com certeza, eu me encontrei no corpo que eu estou hoje – claro com as suas imperfeições e limitações e tendo consciência de que a minha estrutura corpórea pressupõe o falso magro, do cheinho gostoso.”
Independente dos quilinhos a mais, o importante é aceitar-se como tal e exercer a sua sexualidade e sensualidade com plenitude e prazer, pois, existe gosto para todos os tipos e os “gorduxitos” estão na moda, demonstrando que ter fartura também é um objeto de desejo.
Era uma vez, praticamente há 14 anos, no auge dos seus 131 kls, um “gorduxito” alegre e cheio de sonhos se sentia fora dos padrões de beleza – aquele padrão cruel que segue a risca a ditadura da magreza; e desprestigiado pelo desejo alheio. E resolveu emagrecer, perdendo inicialmente 80 kl.
- “O ursinho sucumbiu ao sistema e hibernou durante um longo inverno, 1 ano, passando a perder peso e deixando de pertencer àquela espécie, por julgar que era complicado acasalar e reproduzir por estar bem acima do peso. E nos anos que viriam, ele amargou neuras, restrições alimentares e dietas continuadas para manter-se magro e manter o seu peso.”
A partir dessa transformação radical, agora um “ex-ursinho”, ele passou a ser notado a partir do seu perfil delgado, mas, a alegria e a simpatia que ele possuía (características natas e de sobrevivência dos gorduxitos) haviam sido perdidas. E com o passar do tempo, ele precisou se adaptar do outro lado, agora deparando-se com a cultura do corpão sarado.
- “Mais uma exigência a ser seguida a risca... Mas, como o objetivo desse ursinho era apenas perder peso, até mesmo para deixar a sua saúde em dia, ter um corpo sarado não lhe cresceu os olhos, embora sinta-se cobrado por isso.”
E desde o ano passado, tal “ex-ursinho”, vem descobrindo que os “gorduxitos” estão na moda e como. A categoria “bear” já conseguiu conquistar o seu lugar no mundo, assumindo os seus quilinhos a mais e criando um universo totalmente seu, sobretudo com o apoio da internet. Hoje, eles possuem sites, comunidades do Orkut, revistas específicas, temas de filmes, de programas televisivos e documentários, bares, locais de “azaração” e festas temáticas para esse grupo – tudo para exaltar e festejar o modo ursinho de ser.
- “Talvez, se o movimento “bear” estivesse na moda, há 14 anos atrás, aquele ursinho complexado tivesse melhor consigo mesmo e não cedesse ao sistema.”
O fato que eu venho observando que tanto os gordinhos como as gordinhas estão mais conscientes com o seu perfil estético e conseguem assumir a sua sensualidade, mesmo tendo alguns quilinhos a mais, e ter relacionamentos afetivos estáveis. Eu não posso negar, eles estão com tudo mesmo e não existe no mundo um abraço mais gostoso e confortante do que um abraço “bear”.
- “Tal fábula, não é mera coincidência, retrata muito do ursinho que eu fui um dia. Mas, lá fundo do meu peito, em minha psique, aquele ursinho continua vivo, hibernando... Talvez, seja por isso que eu sinto tanta fome (rs...) e me simpatize com a causa “bear” de ser. Com certeza, eu me encontrei no corpo que eu estou hoje – claro com as suas imperfeições e limitações e tendo consciência de que a minha estrutura corpórea pressupõe o falso magro, do cheinho gostoso.”
Independente dos quilinhos a mais, o importante é aceitar-se como tal e exercer a sua sexualidade e sensualidade com plenitude e prazer, pois, existe gosto para todos os tipos e os “gorduxitos” estão na moda, demonstrando que ter fartura também é um objeto de desejo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário