domingo, 19 de abril de 2009

Para os que não se lembram...


... Hoje é o Dia do Índio!!!


Se nós vivéssemos num país sério e cidadão e se a humanidade fosse fraterna e generosa, todo dia seria dia de todas as cores, sexos, raças, religiões, etnias, profissionais, sentimentos e outros destaques, não precisando ter apenas de um único e mísero dia para ser lembrado e festejado (através de manifestações polulares, reivindicando direitos e políticas públicas) como data especial - E quando é lembrado. Então, hoje é o Dia do Índio, uma das matrízes humanas e culturias mais importantes e violentadas na história desse país chamado Brasil.

Mas, eu não quero lembrar das atrocidades sofridas pelos povos indígenas brasileiros, mas, prestar uma singela homenagem aos meus antepassados, cuja matriz está direcionamente ligada a minha árvore genealógica - sobretudo, da família Vasconcelos, oriundas do Pará. Mais amazônico e indígena impossível.

- "Ou vocês ancham que essa minha morenice toda veio da onde?!!! Eu garanto que não apenas dos raios solares." rs...


Além de resgatar a minha porção indígena, inclusive trajado a caráter há décadas atrás, eu gostaria de lembrar dos índios, exaltando a sua existência e resgatando os seus direitos como cidadãos e não povos dignos de dó e assistencialismo barato, através da música "Um Índio" de Caetano Veloso. Então, vamos caetanear:


"Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante

E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante

Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias

Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá

Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico

Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito

E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio"


- "Viva a nossa primeira matriz cultural, viva a nossa indianidade!!!"

Um comentário:

Leka disse...

Zifio,

Que coisinha mais linda de mamãe!!!
Huahuahauahuah

Imprimi essa música de Caê, na quinta-feira,o Viny teve trabalho de escola e utilizou a letra!!!

*Leka coloca o cocar e sai cantando*


"As lágrimas não reparam os erros!!!"

The Verve - Bitter Sweet Symphony (with lyrics)

♫ Pitty - Na sua estante

"Eu não ficaria bem na sua estante..."