domingo, 20 de agosto de 2023

Caso Isabella Nardoni, O Documentário (Netflix)

 



Antes de qualquer crítica e posicionamento de terceiros, eu preferi assistir e tirar as minhas próprias conclusões. Como toda unanimidade é burra, dito isso, em casos de "arrastões", "linchamentos" e "efeito manada", eu estou passando é longe, bem longe. Então, assistindo o Doc sobre a Isabella Nardoni, dois aspectos giraram em torno da defesa, deflagrando uma atmosfera tendenciosa para buscar justificar e defender os réus/condenados:

1. Humanizar a Jatobá - mas, ter depressão pós-parto e ser manipulável segundo o comando do seu sogro, não a isenta da sua culpa no assassinato da criança;

2. A Defesa continua batendo na tecla de ter uma terceira pessoa na cena do crime. Aaaaaa tá!!!.


Na época do sinistro, falou-se muito da apatia do pai no decorrer de todo o processo de acusação ao julgamento/condenação e como poderia "o próprio pai jogar a sua filha do 6º andar"?!!! Pois é, esse é um questionamento que ainda perdurará durante muito tempo por se tratar do Universo Familiar e como ainda hoje romantizamos as relações familiares e as figuras paternas e maternas, esquecendo que pais e mães são meros mortais como nós e podem cometer abusos, atrocidades e equívocos.

Em se tratando do comportamento apático do Alexandre Nardoni, baseando-nos na narrativa do Doc, nos leva a crer que é mais um clichê parental e familiar onde, crianças criadas em um ambiente familiar construído a partir de uma educação severa, autoritária e opressora, onde os filhos são criados para ser à "continuidade dos seus pais", sobretudo se eles são profissionais exitosos e dominantes, geralmente, elas se tornam a fotocópia dos pais ou crescem sem personalidade própria, sendo uns "pau-mandados".

Quando se trata de Educação, pais autoritários e super protetores criam indivíduos débis, passivos, apáticos e sem iniciativa para enfrentar o mundo, por tantas expectativas, comandos, um futuro já traçado antes mesmos deles nascerem e cargas emocionais, inclusive traumas, que são jogados nas costas dessas crianças desde sempre e ainda continuam ecoando enquanto adultos. Essa dependência familiar sempre fará dos seus filhos indivíduos incapazes e medíocres.

Independente do que tocou aos assassinos da Isabella Nardoni, um delito foi cometido e é preciso ser cumprido à lei. Em se tratando das autorias e responsabilidades no crime, onde um está encobrindo o outro, no que diz respeito à quem teria tentado estrangular/sufocar a criança apertando o pescoço dela com as próprias mãos e quem a teria jogado pelo 6º andar, é um combinado entre as partes. Não basta apenas alegar inocência, é preciso provar e nada até aqui foi provado.

O fato é que uma criança de 5 anos foi assassinada, ceifada em ter "uma vida toda pela frente". E, isso sim, é algo que deve ser repensado em nossa sociedade, no Código Civil e servir de exemplo para que outras crianças brasileiras não passem por casos de patricídios ou parricídios - quando elas são vítimas dos seus próprios pais. Tomara à Deus e que os pais não cometam as mesmas ou outras atrocidades contra os seus filhos e enteados.

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