... Levanto-me, buscando me encontrar!!!
Sinto-me suspenso em algodão macio (nuvens)
Sinto-me assistindo slides noturnos ao dormir (sonhos).
Sinto-me iluminado em feixes de luz (idéias).
Sinto-me ensaiando vernáculos (palavras).
Sinto-me debatendo em vulcões em erupção (desejos).
Sinto-me vivendo em sucessivas e alternantes fases de hibernação (inércia) e de caçada (movimento).
Confundo-me entre o que está visível aos meus olhos e invisível a minha percepção (realidade).
Confundo-me entre o que a vida me sugere e o que ela deixou de me sugerir (oportunidades).
Confundo-me entre o batimento cardíaco natural que pulsa o meu coração e o estímulo externo que está alheio a ele e o faz pulsar da mesma forma (amor).
Confundo-me entre os cálculos que sinalizam em resultados exatos e os que apontam em resultados errados (certezas).
Confundo-me entre as preces proferidas e as que eu deixei de proferir (fé).
Perco-me em palavras, buscando escrever frases, orações e parábolas.
Perco-me no caminho, buscando trilhar o caminho certo.
Perco-me nos meus sentidos, buscando intuir, escutar, enxergar, tocar, saborear e cheirar todos os prazeres que eu preciso sentir.
Perco-me em sorrisos e lágrimas, alegria e raiva, amor e ódio, paz e guerra, buscando expressar os meus sentimentos.
Perco-me em erros, buscando fortalecer os meus acertos.
Perco-me em idéias, buscando o ápice do saber lúcido.
Levanto-me, a cada 24 horas que se sucedem (dia).
Levanto-me a cada levante (momento).
Levanto-me a cada livro devorado e fato experimentado e observado (aprendizagem).
Levanto-me a cada queda, a cada derrocada (fracasso).
Levanto-me a cada nó no peito (saudade).
Levanto-me a cada fato novo (novidade).
Levanto-me a cada relampejar (reflexão).
Sinto-me, confundo-me, perco-me e levanto-me, buscando me encontrar (conquistando o meu lugar no mundo).
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