- “Caraça, amigo!!! “Nome Próprio” é um filme que merece ser visto e revisto com muita atenção. Não apenas pela qualidade do roteiro e pelas sacadas estéticas do filme, mas por todo o componente psicológico que traduz a condição humana, mediante aos conflitos e aos caos que nós vivemos em algum momento de nossas vidas, nos fazendo repensar sobre os nossos dilemas, as nossas lacunas e os nossos resgates e analisar em que momento da nos encontramos.”
Após assistirmos o filme e nos envolvermos com a “Camila”, foi impossível não pararmos para debater sobre a temática do filme e pensar em nós mesmos, estando impactados, no melhor sentido da palavra, com as nuances da realidade contidas na tela. O filme é soberbo. Leandra Leal, simplesmente, arrasou no papel principal. Já a “Camila”, ela está presente em cada um de nós, independente do caos pessoal de cada um, estando ou não no meio do olho do furacão que caotiza a nossa existência.
Todos nós temos o nosso momento de caos íntimo e pessoal, onde nos encontramos perdidos em nós mesmos, oscilantes entre as nossas dúvidas, sem norte claro e definido, incrédulos quando a fé é abalada ou perdida, aprisionados pelos nossos medos, tormentas e incertezas.
- “Atire a 1ª pedra quem nunca viveu o seu “MOMENTO CAMILA”, talvez menos intenso, mais careta, mas a sua vivencia. Senão, podem lhe enterrar, porque você é um morto vivo ou está no planeta errado.”
Eu acredito que eu esteja passando pelo meu “MOMENTO CAMILA”, buscando um sentido para a minha vida, necessitando de um alicerce interno que me coloque em pé diante das minhas incertezas, satisfazendo-me em relação às minhas escolhas ou tornando-as mais claras claras e acertivas, ordenando a minha desordem e exorcizando todos os meus fantasmas – que parte deles eu não mais os sinto, verdadeiramente.
- “Embora, eu saiba quem eu sou, esteja na vida comungando com o meu “próprio nome”, meu anseio maior nesse momento é buscar em mim todas as ferramentas necessárias para continuar andando sozinho, não pisando em falso e sem muletas de quaisquer espécies.”
Eu não me identifico com a personalidade auto-destrutiva e irresponsável de “Camila”, mas, a sua avidez em viver , em se permitir a viver, sem máscaras e sem subterfúgios. “Camila” é essencialmente a vida, o caos que a conduz a perdição e a força de se reinventar a cada dia, mesmo que isso implique em: “SE PERDER PARA DEPOIS SE ENCONTRAR”.
- “De uma forma ou de outra, sinto-me perdido, indo ao meu encontro, sem destino certo, por mais que o caminho pelo qual estou trilhando seja repleto de incertezas. Das poucas certezas que eu possuo, apenas eu sei quem de fato eu sou, talvez com uma lucidez incrível e arrebatadora, e, por isso, eu preciso de um foco, de um sentido cujo qual possa justificar se não esse caminho, quem sabe, um outro qualquer. Que a incerteza desapareça mediante a certeza. Que a segurança inunde os meus dias. Que a luz resgate o brilho dos meus olhos. Que o norte esteja em meu horizonte.”
Talvez eu esteja precisando me perder e superar esse momento no qual me encontro – não se trata de um momento dolorosos, mas, inquietante que me deixa em cheque, em caos e desordem.
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