Eu, você e os nossos queridos “pet’s” – queridos animais de estimação que nos fazem companhia e estão prontos ao todo momento, independente do nosso estado de espírito e humor e da situação, preparados para nos acarinhar, muitas vezes, “nos colocando no colo”, sem pedir nada em troca. Quem tem ou teve a oportunidade de compartilhar os seus dias com o seu “bichinho de pelúcia vivo”, sabe do que eu estou falando.
- “Sempre foi um hábito da minha família criar muitos bichinhos, de diferentes espécies e raças, fossem cães, gatos, aves e peixes. Pelo menos, eu não sei o que não é ter um bichinho em casa, trazendo vida e movimento à casa e fazendo estripulias e alegrias para nos fazer rir e sentir bem.”
Alegrias e traquinagens a parte, sempre é muito doloroso e difícil de dizer adeus quando o nosso animalzinho vai embora, seja qual for à fatalidade da vida, principalmente quando o fator surpresa está presente – quando nós não esperamos de forma alguma, subitamente. E quando isso acontece, não existem palavras ou gestos abrandáveis para expressar e confortar a sensação de perda, de ausência e de saudade que o dono do “pet” sente nesse momento – é um vazio que se sente, pela ausência de estar ali e não poder ser preenchida.
- “Toda perda é sentida, a sua forma. Mas, quando no decorrer da vida você vai passando por sucessivas ausências e “despedidas irreversíveis”, a gente passa a lidar com essas situações com mais fibra, mais objetividade – não que os olhos não deixem de lacrimejar ou o coração não fique apertado ou você não lamente a presença do seu animalzinho e o que ele representa na sua vida. Uma vida convivendo diariamente com animais, nos ensina que a vida é frágil, muito frágil, e o amor do animalzinho pelo seu dono e vice-versa é infindável e desinteressado – puro e cristalino. Só os duros de coração não conseguem se sensibilizar com essa relação.”
A cada partida, a cada despedida, ao você ver o seu bichinho ali, “se dissipando no ar”, a sua energia vital evaporar aos cosmus astral, transpondo para outra dimensão, para outro estado vital (o espiritual) que apenas supomos ser assim, debatendo-se ou inerte perante aos nossos olhos e, nesse momento, nós ali sem poder fazer nada para reverter o quadro, a sensação que surge diante de nós é a da mais completa impotência, justamente, por não sermos deuses para deliberar diante da vida animal ou de qualquer outro ser.
- “Não há dor ou desespero maior do que não poder fazer nada por quem gostamos, seja um “pet” ou gente igual a nós. É a prova definitiva de que a vida independe das nossas ações e vontades, porque ela cumpre o seu percurso, sendo interrompida de forma inesperada ou não, mas, no caso em questão, graças a Deus, sem sofrimento e degradação.”
Quando uma fatalidade dessas ocorre, eu creio que a perda sofrida é uma forma de nos preparar para as outras perdas que virão, porque a vida tem o seu ciclo próprio – início e fim, e para essa verdade incontestável nem nós e nem os nossos “pets” conseguirão escapar do inevitável: “O dia em que retornaremos a essência, do pó ao pó, e faremos a passagem”.
- “Não tem como não escapar da tristeza, mas, a vida nos deixa mais “calejados” e experientes para suportar determinados baques, uns superamos com mais rapidez, outros não. Com o passar do tempo e só o tempo conseguirá reorganizar as coisas em seus devidos lugares e apaziguar os sentimentos e as incompreensões que giram em torno desse grande mistério que é viver, apesar da nossa vã filosofia e das teorias que existem a cerca disso.”
Não há compreensão alguma que consiga represar o sentir, o amor latente que está ali, dedicado ao seu companheirinho de 4 patinhas ou de duas asinhas ou com nadadeiras. Ama-se e pronto e a superação dessa ausência é expurgada através de lágrimas, saudades e até momentos de revolta (Porque meu Deus?!!!), enfim, pura subjetividade, mais do que legitima quando se ama e se passa por uma fatídica situação, independente de qual natureza ela seja.
- “Boris, bichinho curioso, que peça foi essa que você, “xaninhim”, pregou na gente essa madrugada?!!! Embora, nós estejamos sem compreender o que houve, espero que a partir disso, seu gatinho danado, você consiga espalhar boas energias e alegrias aonde possa estar, pois, aqui, você fará muita falta e despertará muitas saudades. E quanto a você, baby, desejo-te força para enfrentar essa situação adversa e você não tem nada a agradecer a minha ajuda, pois eu não consegui ser Deus para reverter a situação, mas, pelo menos, meu carinho e a minha solidariedade estão contigo nesse momento.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário