As horas vão se passando
E os dias também
Demonstrando-me o quão são reais
As minhas suspeitas
E os meus temores
Não tem jeito, pronto
Talvez eu não creia numa solução
Bate aquela paura
Prevendo que os dias serão todos iguais:
Vazios e cinzentos
Debato-me duplamente
Por tudo o que ficou lá atrás:
Sonhos destruídos
Planos desfeitos
Sentimentos desperdiçados
Crenças perdidas
Promessas em vão
Por tudo o que não há de existir:
Existem tesouros que jamais serão encontrados
Cristais que jamais serão elados
Confianças que jamais serão recuperadas
Por ausência de motivações que não existem mais
Eu não sei se sublimo essa realidade
Alando sonhos
Fechando os meus olhos,
Os meus ouvidos
E a minha boca
Para tudo o que está posto
Alienando-me
Enganando-me
Subestimando-me
Será que é justo comigo?!!!
Será que eu devo abrir mão das minhas defesas,
Experiências e convicções
Para ter que me debater mediante as profecias
E em sofreguidão renascer do infortúnio mais uma vez?!!!
Não seria burrice demais da minha parte negar o óbvio?!!!
Tudo o que eu não preciso
É me debater mil vezes
À toa, desavisadamente
Para voltar para o mesmo ponto
Num repetitivo e sofrego
Recomeçar
Pois nada muda,
Tudo permanece igual
(Daniel Igor, 18/06/2009)
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