... Não é tão simples assim!!!
Isolando os motivos que realmente importam (temperamento, dores e marcas subjetivas, entraves internos, imaturidade, busca pelo padrão ideal, fugas e dilemas pessoais) e justificam em parte os desencontros amorosos, vamos nos ater ao aspecto mais simples e o primeiro atrativo que aproxima as pessoas: A estética, o visual.
Eu até compreendo porque eu estou sozinho, muito prático e didático até, mas, existem pessoas que eu não compreendo porque estão sozinhas, principalmente aquelas que enchem os olhos e aguçam todos os outros sentidos, partindo que elas estão inseridas no princípio de que a afetividade contemporânea valoriza e reproduz a exaltação de um rostinho bonito e um corpitcho escultural. Viva a embalagem, sobretudo se ela for atrativa.
Como estamos vivendo a "Era do Ficar", do fulgaz, descartável e emergencial, a prerrogativa que está posta é o do imediatismo e idolatrar valores pouco sólidos, onde apenas o conceito de beleza seria um motivo determinante para despertar o interesse entre as pessoas e fazer do belo e da bela um grande pré-requisito. Mas, nem isso está sendo suficiente para aproximar as pessoas. Porque dentro desse conceito estético, muitos Apolos e Afrodites também estão amargando a solidão.
- "Num primeiro momento, como os ditos "interessantes" explicam que estão sozinhos?!!!"
Claro que esse questionamento não merece uma resposta tão simplória assim, já que se precisa muito mais do que um corpão para se relacionar. Beleza não põe mesa, mesmo que alguns digam e atestem que ela é fundamental. O ponto fundamental é: Os desencontros afetivos são muito mais complexos e vão além do aspecto estético.
- "Falando por mim mesmo, embora a beleza seja um atrativo que me encham os olhos, hoje ela não determina a minha escolha afetiva. Existem outros atributos que eu acredite ser muito mais importante e que norteiem a minha busca."
Quanto mais eu reflito sobre a questão da afetividade na vida contemporânea, mais eu fico perplexo e convencido como é arduo exercê-la. Com certeza, é viver entre trancos e barrancos, idas e vindas, céu e inferno. Mas, como abrir mão disse tudo?!!! É uma lacuna que não se completa por si só, sempre precisamos de alguém para contracenar conosco.
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