domingo, 10 de fevereiro de 2008

O que é Wicca Gardneriana?!!!



O que não seria dos homens e suas comunidades se não fosse a sua religiosidade, concorda?!!! Na minha concepção, quaisquer das religiões que o homem cultua e segue com fé e esperança, cada uma com as suas peculiaridades e crenças, tem a função de religar a Deus e suas outras divindades (Outros Deuses, Orixás, Entidades Espirituais, As Forças da Natureza, Elementos Sagrados e Pagãos), como também, confortar e evoluir o espírito do seu seguidor. Se cada religião tem o poder de religar ao Criador e às suas outras personificações e simbologias religiosas e outras possibilidades místicas, promovendo a evolução espiritual, sem prejudicar o seu seguidor e ao próximo, eu não vejo mal algum e respeito todas as crenças, as todas religiões.

E, dentre as religiões que envolvem a filosofia espírita e mística, nós podemos encontrar a Wicca e suas variações como a Wicca Gardneriana. Mas, o que essa Old Religion consiste?!!! Como ela se
caracteriza?!!!

A Wicca Gardneriana é uma religião neopagã, iniciática, sacerdotal, baseada nas práticas místicas e nos rituais da bruxaria européia, sendo, intitulada como “Bruxaria Moderna”. Suas práticas e seus rituais estão diretamente relacionados aos ciclos Solar e Lunar e às demais mudanças naturais. Foi desenvolvida na década de 50/60, a partir do interesse do inglês Gerald Brosseau Gardner em conhecer mais sobre o ocultismo e a bruxaria, começando a estudar formas de praticar as religiosidades baseadas nesses sistemas. Gardner foi obtendo informações sobre os antigos cultos pagãos, desde muito cedo, através de suas andanças pela Ásia e Europa. Naquele tempo, as Leis contra a Bruxaria ainda eram vigentes na Inglaterra.

Na Década de 50, com o final dessas leis, contra a Bruxaria e as demais práticas mágicas, Gardner lançou dois livros fundamentais para a volta da Bruxaria ao cenário social - “Witchcraft Today” (1954) e “The Meaning of Witchcraft” (1959). Afirmando ter sido iniciado em um Coven (família/grupo) de bruxas tradicionais britânicas, Gardner criou seu próprio grupo e deu a suas práticas o nome de Wicca, utilizando a sugestão dada por sua sacerdotisa.

O termo “Wicca” é uma expressão baseada no inglês arcaico Wicce/Wicca (feminino/masculino), expressões diretamente ligadas à magia e/ou as práticas dos seus participantes, servindo para designá-los como praticantes de magia ou pessoas sábias.

A Wicca é dividida em diversos grupos, com tradições e ideologias particulares, onde cada um deles desempenha uma importante função na divulgação da religião para atingir os seus participantes diferenciados, porém, apesar da diversidade de grupos, eles precisam atender o padrão único, a filosofia religiosa, relacionada à teologia e liturgia da Wicca.

Para compreender toda a história, a teologia, a liturgia e os demais conceitos e práticas da Religião Wicca é necessário que o interessado pelo assunto, dedique-se seriamente aos estudos, a partir da leitura e da análise crítica dos livros, sites e comunidades específicos e que, posteriormente, venha buscar por grupos sérios para se inteirar da religiosidade. Assim, embasado no conhecimento, poderá ter as informações necessárias para constatar e aprender os seus fundamentos e discernir quem é capaz para instruir e iniciar satisfatoriamente os seus praticantes.



No contexto universal, as tradições wiccanas são bem definidas. Baseado no site "Old Religion", podemos perceber o seguinte:

“A Wicca é uma religião, possui regras, dogmas e todo um conjunto teológico que formam suas bases de crença, entretanto, é uma religião que trabalha com mistérios, com magia, com seres e forças energéticas e para trabalhar de forma correta é/foi necessário criar modos práticos de interação, que precisam ser diferenciados para atender as personalidades, localidades e condições de cada pessoa ou grupo.

Quando Gardner entrou para o Coven ou grupo de New Florest, este Coven possuía uma liturgia específica, que em boa parte havia sido absorvida dos membros mais antigos, ou dos ancestrais daquelas pessoas. Todos os relatos indicam que Gardner conhecia diferentes sistemas mágicos, ordens e culturas religiosas devido as suas viagens pela Europa e Ásia. Quando virou adepto da religiosidade e das práticas do coven de New Florest ele percebeu que muitas daquelas praticas eram similares a tantas outras que conhecia.

Gardner foi iniciado em dois, dos nove Covens de “Old” George, com isso teve acesso aos livros e ritos de cada um. Apesar de ambos serem da mesma linhagem, Gardner constatou pequenas variações nas práticas, o que sem dúvida foi o principal motivo que o levou a trocar palavras com Crowley na hora de montar o seu BoS – Book of Shadows. Gardner também percebeu que as práticas estavam deterioradas, seja pelo tempo, ou pela fadiga causada com as leis contrárias à Bruxaria, onde muito se perdeu devido às influências do misticismo e sincretismo com conceitos cristãos.

Tendo essa percepção, Gardner tentou somar e organizar os diferentes conhecimentos que havia arrecadado, criando um modelo mais completo de prática e até mesmo de crença, baseado na Arte Francesa de Pickingill líder de seus Covens Mãe, na bruxaria escandinava, nas Escolas de Mistérios Mouras e Sarracenas, na bruxaria anglo-saxã e em conhecimentos próprios arrecadados com anos de práticas pagãs. Com isso Gardner criou o seu próprio “Modelo da Arte”, o qual ele chamou de Wicca, mantendo o nome que ouvira de “Old” Dorothy e que possuía uma ligação direta para definir aqueles que praticavam ou buscavam a Arte.

Com o tempo Gardner passou a ser reconhecido pelos “Tradicionais”, ou seja, por aqueles que seguiam práticas similares, porém que afirmavam uma hereditariedade e ancestralidade maior. E até mesmo ele (Gardner), constatou que o que havia desenvolvido era em muitos pontos diferente (mais amplo e detalhado) daquilo que aprendeu, sendo assim formulou um livro que seria a base de práticas, regras e objetivos de todos aqueles que desejassem seguir seus ensinamentos.

Infelizmente, muitos não concordavam com suas atitudes, líderes das tradições hereditárias normalmente eram contrários a Gardner e seus seguidores, e por essa razão criavam pequenos boatos ou invenções para tentar tirar-lhe o mérito de suas atividades.

Robert Cochrane (Roy Bowers), criador do “Clã de Tubal Cain” que deu origem à tradição 1734, direcionava várias afrontas aos seguidores de Gardner, sendo inclusive o responsável pelo termo “Gardnerianos”, quando assim chamou depreciativamente os seguidores de Gardner por volta do ano de 1965. Ao que tudo indica Robert pertenceu a um Coven Gardneriano, porém, desde sempre afirmava ser um membro hereditário da arte (Avô e Tia), e mostrava um grande desprezo pelo sistema proposto por Gardner.

Os BoS ou Book of Shadows, já existiam nos Covens de Pickingill, e por essa razão Gardner manteve boa parte do conteúdo que havia arrecadado dos dois covens que fez parte, além de receber contribuições de Crowley com os poucos textos que ele ainda possuía da época que fora instruído em um dos Nove. Tal livro recebeu algumas modificações e novos conteúdos durante um tempo, uma das pessoas que mais contribuíram para esse aperfeiçoamento do BoS, foi Doreen Valiente, uma bruxa, poeta, amiga e a primeira sacerdotisa iniciada por Gardner que trabalhou ao seu lado tendo-o deixado por volta da década de 60.

Em 1964 Doreen Valiente entrou e foi iniciada no Clã de Tubal Cain de Robert Cochrane, porém o deixou logo depois, percebendo que ele era mais ficção que fato. Cochrane morreu em 1966, depois de comer uma grande quantidade de folhas de Bella Dona na véspera do solstício de Verão, alguns afirmam que ele se “sacrificou” como nos tempos antigos, mas de fato ele já estava viciado em alucinógenos, razão pela qual, muitos dos seus seguidores o estavam deixando, incluindo Doreen.

Infelizmente não se sabe quais foram as reais razões do rompimento de laços entre Doreen e Gardner, ao que tudo indica Doreen queria manter em sigilo todo o material do BoS e Gardner queria permitir o acesso dos interessados, pois acreditava que as reminiscências da Bruxaria na Europa estavam quase sendo extintas, e por isso os Grupos precisavam aproveitar o fim das Leis contrarias a Bruxaria, para reviver a Arte. A última e talvez mais famosa sacerdotisa de Gardner, depois de Doreen, foi Lady Olwen (Monique Wilson) a quem ele deixou o museu e seu acervo da ilha de Man, quando faleceu em 1964.

Enfim, tínhamos vários iniciados neste momento, e como sempre ocorre na história humana, alguns desses iniciados não estavam completamente satisfeitos, uns queriam eliminar umas práticas, outros queriam ampliá-las e alguns queriam praticar coisas novas, que aprendiam com o contato com Bruxos de outros sistemas. Ao que tudo indica, o primeiro grupo, que modificou e perpetuou os ensinamentos de modo diferente foi os que hoje são chamados de Alexandrinos, que seguiam os ensinamentos de Alex e Maxine Sanders, pessoas que se diziam iniciados em 1933 por sua Avó.


Os Alexandrinos eram/são muito similares aos Gardnerianos, porém possuem algumas modificações, eliminações e emendas em seu BoS. Os conhecimentos vindos da doutrina Gardneriana foram absorvidos não somente pelos ensinamentos de Sanders, que nunca teve sua iniciação comprovada, ao que tudo indica, ele teve apenas a iniciação no 1° por Pat Kopanski. Foi Valiente a responsável pelo amadurecimento dos principais divulgadores da tradição Alexandrina Janet e Stewart Farrar na Wicca. A tradição Alexandrina surgiu em meados dos anos 60 e ganhou cada vez mais espaço nos anos seguintes.

A Wicca foi se tornando uma religião popular, tão popular que alguns adeptos, às vezes sequer iniciados, ou apenas com uma iniciação, perceberam a oportunidade de lucrar com a venda de livros e informações sobre a Arte. Infelizmente, muito do que começou a ser vendido como Wicca, era na verdade uma invenção dos interessados no montante que as pessoas estavam gastando na época com movimentos ou religiões alternativas. Começaram a surgir, principalmente nos Estados Unidos, diferentes grupos com “conhecimentos Wiccans” que seriam distribuídos para todos que desejassem, alguns livretos eram gratuitos, outros pagos, e assim foram surgindo aos montes informações truncadas, materiais - ditos originais - que foram criados ao acaso e diferentes bizarrices do capitalismo religioso.

Em 1969, cinco anos após a morte de Gardner, a Wicca, já se tornara muito conhecida nos EUA. Susan Roberts escreveu um livro chamado “Witches USA” (Bruxas Americanas, ou Bruxas na América) que continha diferentes informações e relatos sobre as práticas e os praticantes da arte. Algumas das pessoas citadas no livro, tais como Ed Fitch e Joe Wilson (que realmente eram iniciados), perceberam que com a publicação deste livro ocorreria uma grande demanda de pessoas em busca de informações sobre a Arte. Aproveitando isso, Ed publicou no mesmo período dois livros que continham informações que ele já há algum tempo havia selecionado, um se chamava “Outer Court Book of Shadows” (Livro das Sombras fora da corte, da elite, melhor traduzido como Material não iniciático ou importante do BOS) e um outro livro chamado “Grimoire of Shadows”. De acordo com Fitch esse material seria uma fonte de pesquisa inicial para as pessoas interessadas e não continha nenhum tipo de material secreto que pudesse pôr o BoS em perigo (revelando os mistérios).

O conceito “Outer Court” visava que todo o material fosse distribuído largamente, sem a necessidade de citar fontes, uma espécie de curso para que as pessoas pudessem aprender as bases da religião e tirar suas dúvidas. O importante era partilhar conhecimento. Nessa onda de “partilha” muitos textos inventados e muitos materiais confusos e remendados começaram a serem distribuídos como informações secretas e válidas dentro da comunidade Wiccan.

Apesar do grande crescimento desordenado de informações ditas Wiccans, o maior Boom de interessados ocorreu após 1973 quando o até então Gardneriano Raymond Buckland (da linha Olwen, iniciado apenas no 1º) inventou e lançou em seus livros as possibilidades de seguir a Wicca de modo solitário e sem dúvida a mais estranha e díspar: a Auto-iniciação. Agora para seguir a Wicca não eram mais necessários Covens, Sacerdotes, Tradição ou regras, tudo era livre, podia ser trabalhado da forma que melhor se adequasse aos caprichos daqueles que buscavam caminhos diferentes das religiões maçantes da época.

Para finalizar ou piorar ainda mais essa bagunça de informações, dois autores adeptos da filosofia New Age, também viram na Wicca um bom local para “trabalhar” e criar raízes; Scott Cunningham e Starhawk, com os livros “Wicca para Bruxos solitários” e “A Dança cósmica das Feiticeiras”, incluíram a Filosofia New Age como parte da Wicca. Esses livros são muito interessantes, porém quase nada do conteúdo faz parte dos ensinamentos de Gardner, e são modelos e idéias difundidas pelos autores, absorvidas de diferentes lugares.

A Wicca livre de regras, a religião da Nova Era, o Cult dos adolescentes estava firmado. Ninguém se preocupava em saber de onde as práticas surgiram, como elas eram celebradas pelos mais antigos, quais eram as reais mensagens de Gardner em seu BoS, e muito menos se aquilo que chegava as suas mãos realmente eram materiais feitos por Gardner ou suas Sacerdotisas. Nesse momento, a Wicca de Gardner tinha sido relegada aos “Esnobes da Arte” como eram chamados os Gardnerianos e até mesmo os Alexandrinos. Para os “esnobes” apenas eles seguiam os ensinamentos de Gardner e os outros seguiam algo que poderia ser caracterizado no máximo como Neo-Wicca.

Gardner desejava que o conhecimento fosse passado, mas não de modo descontrolado, e muito menos da maneira que estava sendo. Ele desenvolveu regras, seus mistérios e ensinamentos seriam passados para os novos adeptos da mesma maneira que lhe foram passados, por um caminho iniciático e sacerdotal. Para ter um real acesso ao seu BoS, os adeptos precisavam estudar, praticar e vivenciar diferentes atividades dentro do grupo, até que através das passagens de poder (iniciações) essas pessoas amadurecessem e fossem firmadas como sacerdotes Wiccans.

Só apenas após muito tempo de práticas, estudos e vivencias o adepto teria acesso ao Bos, como seria possível este ser vendido em qualquer livraria? O que hoje é vendido como o BOS de Gardner é apenas uma fração do verdadeiro BOS que Gardner disponibilizou para os curiosos terem uma base. Boa parte dos outros livros que, “contêm informações do BOS” são trechos emendados e modificados dos materiais Gardnerianos e até Alexandrinos que se tinha acesso livre. Por isso que é comum ver um Gardneriano apontando o dedo para membros de outras tradições que foram formadas a partir dessas informações que estavam sendo vendidas como Wicca.

Obviamente, muitas pessoas possuíam um interesse real em seguir a Wicca, e por isso iam arrecadando e tentando organizar esses conhecimentos de modo que pudessem seguir da maneira mais próxima possível os ensinamentos de Gardner, visto que achar um grupo realmente Wiccan, com linhagem e seriedade era e ainda é deveras difícil. Além disso, a teologia da religião já havia sido difundida, apenas as práticas, os nomes secretos e os métodos de ensino e preparo de sacerdotes eram mantidos em sigilo pelos covens mais tradicionais.

Muitos grupos acabaram arrecadando conhecimentos diversos, organizaram, trabalharam em cima deles até alcançar maturidade e desse modo fundaram novas ramificações de práticas (Tradições), que apesar de em muitos casos não possuírem a ligação que Gardner tinha com um coven Mãe, criaram algo similar, que continha ao menos os objetivos e ideais de Gardner.

O que deve ficar claro para aqueles que tentam compreender as diferentes ramificações, é que para ser uma tradição Wiccan, algumas regras devem ser seguidas, os preceitos do BOS devem existir, pois, caso contrário, a tradição e a prática são um ramo da Bruxaria como um todo, e não da Wicca, afinal a teologia da religião e as regras propostas por Gardner precisam ser mantidas.

Abaixo segue alguns dos preceitos que caracterizam uma tradição da Wicca:

  • Celebração e Culto em TOTAL IGUALDADE às polaridades divinas, comumente chamadas de Deus de Chifres e Deusa da Lua;
  • Passagem de poder através de iniciações formais, feitas por sacerdotes constituídos, onde a sacerdotisa inicia os adeptos homens e o sacerdote as mulheres;
  • Celebração dos Ritos sazonais, Sabbaths e Esbbaths em honra aos Deuses e para criar elos de interação;
  • Respeito a terra e a Natureza que são encarnados como uma manifestação direta dos Deuses, ou seja, todos os seres e coisas são divinos;
  • Uso da magia como uma característica natural da religião e não como o seu objetivo;
  • Proselitismo como uma prática inadmissível. O interesse em fazer parte da religião deve surgir de forma totalmente espontânea e, é o adepto que deve procurar o grupo e não o grupo procurar adeptos;
  • Os mistérios e ensinamentos devem ser mantidos sob sigilo, apenas para que não se utilize o conhecimento, de modo a fazer mal ao praticante, onde os ensinamentos também devem ser entregues de modo gradativo dentro das famílias (covens);
  • Um coven só é formado com a presença de uma Alta Sacerdotisa (iniciada no 2° ou 3°) e só se mantém seguindo o axioma: “Perfeito amor e confiança Perfeita”;
  • A tradição deve possuir uma linhagem que retroceda até Gerald Gardner.

É também muito importante lembrar que muito das práticas inseridas posteriormente à morte de Gardner são válidas como atividades mágicas, o fato de não serem práticas formuladas por Gardner, ou hereditárias de seu segmento, não lhes tiram a validade. Nisto podemos incluir a idéia de ‘Self’ da filosofia New Age, o caminho solitário proposto por Cunningham e tantas outras práticas e crenças inexistentes nos ensinamentos de Gardner e de suas Sacerdotisas.

É também interessante perceber que hoje a idéia de tradições Wiccans se expandiu a tal modo que qualquer sistema de práticas de bruxaria que seja criado e ganhe certa notoriedade passa a ser caracterizado como uma tradição da Wicca, quando na verdade é apenas um ramo da Bruxaria, um caminho de práticas criado por um grupo ou família”.

E esse é apenas um passo para se buscar o entendimento da vida, da crença e das religiões. Ainda há muito para ser estudado, pesquisado sobre esse assunto.


“O que vai definir a validade de sua prática não são títulos ou linhagens e sim a funcionalidade que ela possui para você, se o caminho funciona e te faz feliz não deixe de segui-lo só porque ele não é famoso ou válido para outros”.

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