Ultimamente, eu tenho pensado muito no sentido do perdão. Mesmo não sabendo perdoar à curto e médio prazos, porquê eu jamais esquecerei quem um dia falhou comigo, sobretudo quando eu não dei motivos para isso.
Talvez, você pense que eu tenho uma natureza vingativa, eu também pensava assim (quando era adolescente), mas, hoje eu penso que não. Quando alguém falha comigo, aquela falha imperdoável, automaticamente, eu mato essa pessoa em vida, torna-se indiferente para mim. Até desejo que seja feliz, mas, longe de mim e dos meus olhos, assumindo o status de inexistente.
Com o tempo, quando a mágoa é zerada (porém a cicatriz permanece) e eu supero o sucedido, deixando de doer, o meu perdão vem de maneira espontânea, até mesmo sem sentir que eu estou dando perdão. Aquele fardo nos ombros, aquele amargo na boca, aquela energia negativa no ar se dissipam com o passar do tempo.
Hoje eu tenho consciência de que, quando você dá o perdão à alguém, o maior beneficiado é você próprio, porquê você se livra e se cura daquilo ou de quem lhe causou algum dano. É libertador. Todavia, isso não implica dizer que ao dar o perdão, as coisas voltarão à ser como um dia foram, pois algumas coisas foram perdidas e talvez nem sejam recuperadas: confiança, integridade, intimidade, fé e admiração.
Posso até perdoar, mas, esquecer não é uma opção. Segue o baile...
Nenhum comentário:
Postar um comentário