Em qualquer relação de poder, onde houver a combinação entre o sexo (como mercadoria, prestação de serviço e "favore$ $exuai$") e dinheiro (como moeda de compra e venda e investimento), por definição se trata de uma relação ética e moralmente degradada e prostituição SIM. No Universo Sugar também não é diferente e casos dessa natureza, seja movido apenas por interesses financeiros, negociatas ou por relações profissionais, sem envolvimento emocional só financeiro, também podem estar presentes.
Se você é um "Sugar Daddy"/"Sugar Mommy" e se propõe à pagar por esse serviço de acompanhante, seja porquê você tenha baixa auto-estima para ir à luta no mercado dos solteiros (sem ser mediado por algum contrato profissional) ou está sem saco para "briguinhas de casais e outras coisas do gênero" ou porquê a sua persona é controladora e gosta de prover, se essa escolha te satisfaz e lhe empodera, não me diz respeito e tá tudo certo. E, no caso dos "sugar babies", se não lhe incomoda ser tratado como mercadoria e nem se submeter aos caprichos sexuais dos outros, a escolha é sua e também está tudo certo.
Ao invés de fazer o meu juízo de valor sobre alguém e críticas à quem é adepto a esse tipo de relacionamento, eu prefiro descrever como eu me sentiria caso estivesse experimentando esse universo, afinal das contas, cada um é livre para fazer as suas próprias escolhas e como quer ser (in) dependente na hora de pagar as suas contas.
Quando eu era mais jovem, eu tinha predileção por vivenciar relacionamentos com diferença de idade, priorizando a questão da maturidade afetiva - eu não tinha a menor paciência para lidar com gente imatura, inexperiente. Assim, em todos os relacionamentos os quais eu estive, para não ser rotulado como interesseiro (embora, sempre haja esse tipo de preconceito quando você é a parte mais jovem do casal), eu sempre optei em não estar atado à ninguém por causa de dependência financeira. Logo, eu sempre fiz questão em pagar a minha parte ou dividir a conta. Sempre fui motivado por afeto, estabilidade emocional e pela liberdade de ir e vir que a independência financeira proporciona. Nada de relacionamentos mediados por negociaçõe$ e contrato$.
Para você ser um "Sugar baby", você precisa se submeter à quem está pagando, proporcionando bens e serviços, à quem tem poderio econômico e por isso dá as cartas do jogo. Pelo meu temperamento e a minha tendência em valorizar a minha liberdade, eu jamais estaria disposto a ser uma mera mercadoria sexual (pois, no jogo da conquista, objeto sexual somos todos) e me submeter aos mandos e desmandos de outra pessoa, por mais que eu pudesse ter vantagens que pudessem ser proporcionadas através de benefícios financeiros, "presentes" mimos e regalias. Quem não gosta de conforto, não é?!!! Mas, vende-se quem quer - há quem diga que todo mundo tem um preço e qual é o seu?!!! Se eu já tenho resistências em me submeter quando eu estou apaixonado, se fosse por questões meramente comerciais e financeiras, daria ruim também. Quem tem o espírito livre, não se prende.
Diante disso e dito isso, eu dificilmente estaria numa relação "Sugar", por não seduzirem a minha cabeça e nem tão pouco o meu bolso. Para mim, como bom libriano que eu sou, relacionamento está ligado ao afeto, ao romance e não aos interesses financeiros que eu poderia me beneficiar - apesar de mimos espontâneos serem bem-vindos e fazerem parte do jogo da conquista, embora não seja uma obrigação, um negócio. Apenas não me identifico e nem faz parte do meu estilo de ser, pensar, agir e sentir.
Para quem está experimentando esse universo, seja como acompanhante e profissional do sexo ou porquê tem uma moral elástica ou por satisfazer um fetiche sexual, não condeno. Cada um é livre em fazer as suas próprias escolhas e gerenciar as suas próprias vidas. Te dá prazer e te satisfaz emocional e financeiramente?!!! Então, se joga. Use o seu livre-arbítrio.
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