segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O "TEST DRIVE" SEXUAL


O reflexo da inversão de valores e a banalização das relações afetivas



Houve um tempo em que o romantismo estava presente nas relações e os amantes não abriam mão, de forma alguma, desse componente afetivo. O sexo não era a base da relação,mas a conseqüência e o desenlace da relação - A MAIOR prova de amor e confiança que um amante poderia dar ao seu par.

- "Em que século era assim mesmo?!!!"


Hoje, na Era do "Fica" e da banalização do sexo, as facilidades sexuais e as tentações carnais são muitas, onde prevaricar, depravar, apelar e vulgarizar tornaram-se atitudes comuns, aceitáveis para boa parte das pessoas, principalmente da ala "Vale Tudo", fazendo parte do circo de horrores afetivo no qual somos obrigados a nos deparar todos os dias.

É claro que eu não serei puritano, piegas e careta o suficiente para renegar a vazão dos desejos (necessidades sexuais existem sim, é fato), seja eles quais forem ("Amém, Desejo... Amém!!!"), mas, eu me coloco como sendo veemente contrário a falta de profundidade dos relacionamentos, onde a orgia (a beira da putaria mais estimulante e o que é bizarro) e a falta de respeito com os sentimentos dos outros que tanto imperam nos dias atuais.

A dedicação deu espaço a indiferença;
O cuidado com o sentimento do outro foi substituido pela brincadeira torpe, vil e irresponsável;
O compromisso tornou-se o descompromisso e a rápida voluptuosidade do para ontem.
O que fazer?!!! Como se comportar diante dessa crise e inversão de valores?!!! Como não sucumbir as relações afetivas?!!!

- "Quem não comunga com essa tábua rasa de sentimentos (sentimentos descartáveis) faz-se o que?!!! Sofre calado ou gripa com repúdio e indignação ou se prostitui?!!!"


É nesse contexto ordinário e esdrúxulo que homens e mulheres querem construir os seus relacionamentos. Para muitos, fazer o "TEST DRIVE" sexual, dar aquela "trepadinha-teste", tornou-se um fim em si mesmo e, a partir desse famigerado teste sexual, é o pontapé inicial para se construir uma relação afetiva.

- "Aonde está a admiração, o respeito, as afinidades compartilhadas, os planos futuros de construir uma vida à 2, a descoberta do sexo, o amor, o companheirismo, ..., diante disso tudo?!!! Será que esses componentes são menos importantes do que esse tal e cobiçado "test drive"?!!! Será que a relação em si está em completo desuso e fora de moda?!!!"


Talvez seja romantismo e/ou ingenuidade da minha parte, mas, eu ainda acredito e defendo a posição e o princípio que o "test drive" não é o mais importante de um relacionamento, assim como o sexo pode ser aprimorado com o tempo e a devida prática, e nem pode comandar o destino afetivo daqueles que buscam,anseiam e sonham em encontrar e viver um grande amor (sincero e recíproco) - do qual eu ainda não provei.

- "Eu não sou o tipo de homem que venero e faço qualquer artimanha ou crio qualquer subterfúgio para obter a todo custo o "test drive" - nada como ele surgir de forma espontânea e não força pelo argumento de que "tem quer ser assim". Eu acredito que eu tenho outros encantos que não me limitam apenas a performance sexual. Eu não sou coelho e nem ninfomaniaco. Eu sou apenas um cara com sonhos, talvez fora de moda, mas, ansioso em viver O AMOR."



"NÃO ME BASTA E NEM ME SATISFAZ BRINCAR COM OS SENTIMENTOS ALHEIOS, NEM TÃO POUCO, A ARTE DOS RELACIONAMENTOS SE RESUME A QUALQUER GESTO SIMPLORIO E MEDIOCRE DO TEST DRIVE. TENHO DITO!!!"

(Dan, 26/01/2009)

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