quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Minha cota de tiete

Fã que é fã sempre paga algum mico, muitas vezes até um “King Kong”, ou oferece o seu sacrifício ao seu ídolo como prova sincera do seu carinho e sua admiração. Nestes termos, só a Madonna para me fazer tal façanha: sacrificar a minha noite de sono para prestigiá-la.

- “Embora, na minha coleção de CDs existam muitos CDs dela, pois eu a acompanho desde 1984/85, quando ela começou a emplacar nas paradas de sucesso com os primeiros hits, tais como “Holiday”, “La Isla Bonita”, “Material Girl”, “Like a virgin”, como também eu venho acompanhando com interesse os seus shows e tournées mundiais e os seus últimos vídeos “clips” do momento, eu mal poderia supor que eu era tão fã assim. Vivendo e aprendendo.”


Quando eu estava do outro lado, o de lá, sentado na poltrona, assistindo pela TV as manifestações dos fãs, quando eu poderia imaginar que chegaria a minha vez de acampar em frente da bilheteria, durante a madrugada para ser um dos primeiros da fila para comprar o meu ingresso para ir ao show.

- “É né?!!! Apesar de todas as expectativas, ainda bem que é O SHOW.”


Talvez, essa minha cota de tiete se justifique pelo fato da grandiosidade de que a “Rainha do Pop” representa na cena musical e no mundo das celebridades, reinventando-se camaleonicamente durante décadas e conseguindo sempre ser atual. Outro fato é: Não é todo dia que Madonna vem ao Brasil, sendo talvez a única oportunidade que eu tenha para ir ao seu show.

- “Então, racionalmente, eu não posso desperdiçá-la. Considerando que eu vou ao show muito bem acompanhado, lógico que o trio baladeiro vai junto, firmes e fortes.”


Só estando lá, nessa ocasião, para me ver inserido neste cenário: Uma fila esteticamente desordenada e eclética, tentando ser organizada num sistema de distribuição de senhas caótico (um grupo de 06, onde cada 06 pessoas podem comprar até 06 ingressos em seu CPF, podendo comprar até 24 ingressos por grupo) e no velho e habitual “jeitinho brasileiro” de guarda-lugares, entre barracas de camping, colchonetes e cobertores espalhados pela calçada, pessoas de todos os tipos e de todas as formas conversando, jogando baralho e UNO, bebendo uma “breja” gelada vendida pelo tiozinho ambulante, trocando impressões sobre a diva e um dando força ao outro para resistir à maratona da madrugada que ainda estava por vir, já que todos estavam no mesmo barco.

- “Eu que tanto criticava essas manifestações de idolatria – esses loucos irem acampar dias antes das vendas dos ingressos serem iniciadas e nas horas que antecedem o show; dessa vez, lá estava euzinho inserido naquilo tudo. Isso também é viver. Nada como vivenciar experiências inéditas e socializar com a galera, muitas vezes, bem diferente de nós.”


O fato é que eu estou tendo o meu dia de tiete e dando a minha cota de sacrifício para estar com a lady Madonna no “Sticky & Sweet tour”.

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