Meu ilustre homenagiado e conterrâneo nasceu em 01/05/1829, na localidade de Mecejana-Ce, e era filho do Sr. José Martiniano de Alencar (deputado pela província do Ceará). Segundo alguns historiadores, ele é o fruto de uma união ilícita e particular do pai com a prima Ana Josefina de Alencar. Ainda na infância e na adolescência respondia pelo apelido de Cazuza. Na fase adulta, ficaria conhecido nacionalmente como José de Alencar, um dos maiores escritores românticos do Brasil e quiçá da língua portuguesa.
Aos dezoito anos (1847), José de Alencar esboça o seu primeiro romance - Os Contrabandistas. Mas, em 1854, estréia como jornalista escrevendo o seu primeiro folhetim "Ao Correr da Pena" - uma mistura de jornalismo e Literatura com narrativas leves, tratando de acontecimentos sociais, artísticos, políticos, enfim, coisas do cotidiano da vida e da cidade.
O jornal Correio Mercantil proibiu um de seus artigos, deixando-o decepcionado e tendo como consequência o seu desligamento do jornal. Depois dessa decepção, José de Alencar começa uma nova empreitada no Diário do Rio de Janeiro, no passado um jornal bastante influente, que passa naquele momento por uma séria crise financeira. Ele e alguns amigos resolvem comprar o jornal e tentar ressuscitá-lo, investindo dinheiro e muito trabalho.
É No Diário do Rio de Janeiro que acontece sua estreia como romancista. Suas principais obras literárias são:
- 1847: Os Contrabandistas;
- 1854: Ao Correr da Pena;
- 1856: Cinco Minutos, A Viuvinha e A Confederação dos Tamoios;
- 1857: O Guarani, além de estreiar como autor teatral da peça Verso e Reverso;
- 1860: Escreve a peça-drama Mãe;
- 1861: Lucíola;
- 1865: Iracema;
- De 1870 a 1877: Guerra dos Mascates, Til, O Tronco do Ipê, Sonhos D'Ouro, O Gaúcho, O Hermitão da Glória (1873), Ubirajara (1874), A Pata da Gazela e Senhora.
Iracema é um de seus romances mais populares (1865), é um exemplo profundo dessa ansiosa mudança desejada pelo autor. A odisséia da musa Tupiniquim combina um perfeito encontro do colonizador português com os nativos da terra. Iracema é uma bela virgem tabajara, "a virgem dos lábios de mel", e esta tribo é amiga dos franceses na luta contra os portugueses que tem como aliados os índios pitiguaras. Porém Martim, o guerreiro português, nas suas investidas dentro da mata descobre Iracema, e ambos são dominados pela paixão.
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