Nun-ca. Em nenhum tempo jamais, pelo menos pra mim. Nunca foi de qualquer jeito, do jeito que fosse, ou na obrigatoriedade imperativa de "você tem que estar". Precisava atender os meus sonhos, as minhas convicções. Tinha que ser do meu tamanho, talhado em mim, no meu coração, na minha mente.
Fosse num primeiro momento, conforme a minha inocência, um dia eu fui regido pela minha ingenuidade. Ao perdê-la, num segundo momento, conforme a minha esperança. Quando se desesperançou, baseada numa certa teimosia. Até o dia que eu me rendi.
Quando você se rendi, a sua concepção muda. A sua percepção e seus sentidos também mudam e, ao bater no muro da dura realidade, da frustração e da oscilação momentânea entre depressão e revolta, você amadurece.
Amadurecer tem o seu preço. Sua libertação do doce véu das ilusões e romantizações. Você resignifica tudo aquilo que é frágil, fugaz e fútil. Vazios não preenchidos, fantasmas exorcizados e defeitos confrontados - se ainda não os fez, faça. A vida lhe cobrará essa fatura.
Talvez, o seu maior medo, em andar sozinho, nem seja tão grande assim e você vai se adaptando, moldando-se, driblando em busca de outros caminhos e novos gols.
O tempo não passa em vão. Todavia, é preciso você aprender à lidar com ele. Andar ao lado e de mãos dadas com ele até o dia que a bifurcação da vida em vida acontece e a luz se apaga.
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